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Estado de Minas

'Green Book - o Guia' supera favoritismo de 'Roma' e leva o Oscar


postado em 25/02/2019 02:02

O filme "Green Book - o Guia", que conta a história de um celebrado pianista negro que se torna amigo de seu motorista branco, enquanto viajam pelo sul dos Estados Unidos durante a segregação racial nos anos 1960, foi aclamado neste domingo (24) com o Oscar de melhor filme.

O longa, que obteve três estatuetas de um total de nove indicações, superou na categoria principal outros sete filmes: "Pantera Negra", "Infiltrado na Klan", "Bohemian Rhapsody", "A Favorita", "Nasce uma Estrela" e "Vice", e o grande favorito da noite, "Roma", com dez indicações.

O filme autobiográfico de Cuarón levou três Oscars (Melhor diretor, Fotografia e Melhor Filme estrangeiro) na 91ª cerimônia de premiação da Academia de Hollywood.

A conquista do prêmio para filmes de língua não inglesa foi o primeiro de uma produção mexicana. O drama superou "Cafernaum" (Líbano), "Assunto de Família" (Japão), "Guerra Fria" (Polônia) e "Nunca deixe de lembrar" (Alemanha).

"Cresci vendo filmes em língua estrangeira, aprendendo muito com eles, me inspirando. Filmes como 'Cidadão Kane', Tubarão', e não há ondas, só um oceano. Acho que os indicados de hoje são prova de que somos parte do mesmo oceano", disse Cuarón ao receber a segunda estatueta da noite. Mais cedo, ele ficou com o prêmio de melhor fotografia.

O prêmio a este filme independente em preto e branco, falado em espanhol e em um dialeto indígena, representa um triunfo para a Netflix, que nunca antes tinha conquistado um prêmio nas principais categorias, inclusive a de melhor filme estrangeiro.

A entrega das cobiçadas estatuetas douradas começou com Regina King, vencedora na categoria de melhor atriz coadjuvante por sua interpretação no drama "Se a Rua Beale falasse".

King, de 48 anos, indicada pela primeira vez, superou a mexicana Marina de Tavira por "Roma", Amy Adams por "Vice" e Emma Stone e Rachel Weisz por "A favorita".

A atriz tem arrasado na temporada de premiações e era favorita ao prêmio máximo do cinema americano pela interpretação de uma mãe que defende o namorado da filha, injustamente acusado de estupro.

"Estar aqui representando um dos artistas mais grandiosos de nosso tempo, James Baldwin, é um pouco surreal", disse King em alusão ao autor do romance que Barry Jenkins adaptou e adaptou para o cinema.

- Dois Oscars em três anos -

O ator Mahershala Ali ficou com a estatueta de melhor ator coadjuvante pela interpretação de um pianista clássico negro que viaja pelo sul dos Estados Unidos durante a segregação racial nos anos 1960, conduzido por um motorista branco, no filme 'Green Book - O Guia".

Ali, grande favorito na categoria, superou Adam Driver ("Infiltrado na Klan"), Sam Elliott ("Nasce uma Estrela"), Richard E. Grant ("Poderia me Perdoar?") and Sam Rockwell ("Vice").

Foi o segundo Oscar para o ator de 45 anos em três anos, depois do prêmio por "Moonlight" na mesma categoria.

Ironicamente, filme "A Favorita" acabou por dar o Oscar de melhor atriz à britânica Olivia Colman, que desbancou a grande favorita ao prêmio, Glenn Close ("A Esposa"), que deixou a cerimônia sem levar a aguardada estatueta após sete indicações.

Já Rami Malek saiu do Teatro Dolby com seu prêmio de melhor ator pela interpretação do lendário cantor Freddie Mercury em "Bohemian Rhapsody".

"Obrigado, Queen", disse Malek, ao receber o prêmio, superando, entre outros Viggo Mortensen ("Green Book") e Bradley Cooper ("Nasce uma estrela").

A companheira de interpretação de Cooper, Lady Gaga, fez um discurso emocionado ao ator e diretor ao agradecer pelo Oscar de melhor canção original para a balada "Shallow".

Entre os outros contemplados da noite, "Homem-aranha no Aranhaverso" levou o Oscar de melhor animação, desbancando "Os incríveis 2", "Ilha dos Cachorros", "Mirai", "WiFi Ralph"".


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