O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou em discurso durante a "Marcha em Defesa da Revolução", em Caracas, que o povo venezuelano é invencível e indestrutível. "Estamos muito orgulhosos da força que temos, da nossa consciência, coragem e do poder popular. Os invisíveis da Venezuela, que nunca aparece nos canais de televisão internacionais, são os indestrutíveis", declarou Maduro diante de apoiadores.
Durante seu discurso, Maduro defendeu que sua bandeira é a da "batalha pela paz, com independência, integridade nacional, justiça e dignidade". "Estamos empreendendo a batalha pela dignidade da Venezuela. Querem nos deixar de joelho diante do império norte-americano. Este não é um tempo de traidores e traições, mas um tempo de lealdade à paz e aos ideais supremos da Venezuela", afirmou.
Maduro questionou o fato de, até o momento, o líder oposicionista e presidente autodeclarado, Juan Guaidó, não ter convocado novas eleições no país.
Em um recado à oposição liderada pelo presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, Maduro afirmou que vai resistir. "Estou mais forte do que nunca, mais duro que esta madeira", afirmou, questionando ainda a oposição sobre os motivos de ainda não ter convocado novas eleições, conforme prevê a Constituição. "Pergunto à oposição, por que não convocaram eleições até agora?", afirmou Maduro.
"Estamos esperando o senhor fantoche, o palhaço de mil caras, o títere do imperialismo americano (convocar eleições). Vamos ver quem tem os votos e quem ganha as eleições neste país, mendigo do imperialismo", continuou.
Maduro afirmou ainda que "se viu obrigado" a fechar as fronteiras das cidades de San Antonio (del Táchira) e Ureña com a Colômbia, em parte por conta do show realizado ontem na região. "Diante do show, da ameaça e da violência anunciadas, me vi obrigado a fechar as fronteiras. Hoje estou avaliando o que fazer, porque não vamos nos calar, vamos garantir a paz e a soberania total da fronteira", declarou a apoiadores. "Não temo ninguém, meu pulso não treme. Se a questão é sair na briga, eu saio primeiro", disse. (Clarice Couto - clarice.couto@estadao.com).