Mesmo com o conflito registrado nesta sexta-feira, 22, na região da fronteira, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que "não há possibilidade de confronto militar" entre Brasil e Venezuela. "A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira" para levar ajuda humanitária aos venezuelanos.
O Brasil poderá entrar na Venezuela para levar alimentos e medicamentos?
De jeito nenhum as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira. A ajuda se dará pelo lado brasileiros, com o abastecimento de caminhões venezuelanos, dirigidos por motoristas venezuelanos. O Brasil não entrará em território venezuelano. Esta já é a segunda operação humanitária e logística. Nós vamos nos preposicionar na faixa de fronteira com medicamentos, gêneros para que os venezuelanos ou as autoridades constituídas venham apanhá-las aqui. De forma alguma nós vamos manter qualquer ingerência em relação ao território venezuelano. É uma operação simplesmente humanitária, de levar uma possível ajuda para fronteira Brasil-Venezuela, para que os venezuelanos venham pegar isso aqui.
E se eles não conseguirem passar para o lado brasileiro ou regressarem para o lado venezuelano?
Os medicamentos e alimentos estarão à disposição dos venezuelanos assim que eles puderem vir buscar, a partir deste dia 23 de fevereiro.
Houve mortes do lado de lá. Se esse quadro se repetir, o Brasil pode agir, fazer alguma coisa para defender os venezuelanos?
Não vamos fazer nada. Não temos ingerência sobre território venezuelano. A soberania venezuelana tem de ser respeitada.
Há preocupação com confrontos de tropas brasileiras e venezuelanas?
Nenhuma preocupação em relação a isso. Não há motivo para isso. Não há motivo para um confronto entre tropas brasileiras e venezuelanas.
Há prontidão na fronteira brasileira por conta da tensão na Venezuela? Ou aumento de pessoal na fronteira?
Nenhuma. A posição das nossas forças no local é de completa normalidade.
Não seria natural que se aumentasse o número de militares na fronteira diante de uma possibilidade de confronto?
Não. Não aumentamos número de militares porque não há possibilidade de confronto.
Circularam informações de que o presidente Madurou posicionou o Sistema de Mísseis de Defesa Aérea próximo à fronteira com o Brasil? O governo tem essa confirmação? É uma atitude hostil?
Nenhuma informação a respeito disso. Não vejo essa possibilidade como informação verdadeira..