O Facebook usa ao menos 11 aplicativos populares para coletar dados sensíveis como frequência cardíaca e ciclo menstrual de pessoas, mesmo que estes não sejam usuários da rede social. As informações são do jornal americano The Wall Street Journal, que apontam o caso como um novo um escândalo de privacidade envolvendo a empresa.
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Saiba o que o Facebook faz com seus dados para escolher anúncios Aplicativos enviam dados pessoais sensíveis ao Facebook, diz imprensaEmissora russa RT protesta após bloqueio de páginas no FacebookParlamentares britânicos chamam o Facebook de "gângster digital"Entre os aplicativos que repassavam as informações estavam o Instant Heart Rate, que informava a rede social sobre a frequência cardíaca dos usuários, o Flo Period & Ovulation Tracker, que registrava ciclos menstruais, e o Realtor.com, que repassava ao Facebook listas de imóveis visualizadas.
Em um comunicado, o Facebook disse que o compartilhamento de informações entre aplicativos "é uma prática padrão do setor", mas garante que, ao detectar que a coleta de dados fere os termos comerciais da rede social, a empresa exclui as informações.
"Exigimos que os desenvolvedores de apps sejam claros com seus usuários sobre as informações que estão compartilhando conosco e proibimos os aplicativos de nos enviar dados confidenciais", disse a rede social.
Alguns as informações compartilhadas, porém, violam os termos comerciais do Facebook, que proíbe desenvolvedores de enviar "informações financeiras, de saúde ou outras categorias confidenciais". O Facebook justifica que a coleta de dados aplicativos é necessária porque ajuda a rede social a melhorar as experiências de anúncios tanto para usuários quanto para anunciantes.
A descoberta é mais um capítulo na história de escândalos de privacidade envolvendo o Facebook. Esta semana, Zuckerberg disse que a empresa "inovou" no assunto e citou como exemplo o uso de criptografia no WhatsApp, Messenger e Instagram.