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Macron lamenta forte ressurgimento do antissemitismo na França


postado em 20/02/2019 21:32

O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou nesta quarta-feira (20) o "ressurgimento do antissemitismo sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial", durante um discurso ao conselho representativo das instituições judaicas no país (CRIF).

"Novamente, depois de muitos anos, o antissemitismo mata na França", lamentou o presidente.

De acordo com Macron, esse ressurgimento do antissemitismo é verificado não apenas na França, mas também "em toda a Europa e quase todas as democracias ocidentais".

Em seu discurso, Macron disse que a França adotará em seus textos de referência uma definição de antissemitismo que incluirá o anti-sionismo, embora o Código Penal não seja modificado.

O presidente francês também anunciou que determinou seu gabinete ações concretas para obter a dissolução de três associações de extrema direita.

"Pedi ao ministro do Interior que inicie os procedimentos para dissolver as associações ou grupos que, por seu comportamento, alimentam o ódio, promovem a discriminação e pedem uma ação violenta", disse ele.

De acordo com informações preliminares, as três organizações na mira das autoridades são a Bastion Social, a Blood e Honor Hexagone e a Combat 18, todas da extrema-direita.

Além disso, ele anunciou que um legislador de seu partido apresentará em maio um projeto de lei para enfrentar crimes de ódio na Internet.

Macron participou deste evento com representantes da comunidade judaica após incidentes de antissemitismo nos últimos dias.

No sábado, o intelectual Alain Finkielkraut foi assediado após ser reconhecido nos bastidores de uma manifestação de protesto, e pelo menos um homem gritou para ele "sionista".

Na terça-feira, 96 sepulturas de um cemitério judeu no leste do país foram vandalizadas e marcadas com suásticas.

Poucos dias antes, os retratos de Simone Veil, uma sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz e figura emblemática da vida política francesa, tinham sido desfigurados com suásticas.

Para Macron, "o antissemitismo não é o problema dos judeus, e sim problema da república" francesa.


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