(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Rosas brancas para a 'lenda' Lagerfeld em frente à loja da Chanel em Paris


postado em 19/02/2019 15:32

Em frente ao número 31 da rua Cambon, onde Mademoiselle Chanel abriu sua loja nos anos 1920, rosas brancas homenageiam seu já lendário herdeiro Karl Lagerfeld, falecido nesta terça-feira.

"Era uma lenda, um mastodonte, salvou a Chanel, reinventou a marca", afirma Mathieu Cipriani-Rivière, um jovem de 20 anos, que se dirigiu à butique após o anúncio da morte de "Monsieur Lagerfeld".

Vestido com um casaco de couro preto, uma jaqueta amarrada na cintura, e correntes cromadas em volta do pescoço, Mathieu reivindica sua influência. "Sempre me inspirou, adoro os colares, as joias, o preto, sem ele a moda perde seu coração", suspira.

"Karl Lagerfeld era o papa da moda. Ele era toda a História", diz o ex-estudante de moda, que não vê quem poderia substituir Lagerfeld.

De visita a Paris, Yakin Benk, uma turista de Istambul, ficou sabendo da notícia por sua filha, que a ligou da Turquia. "Estou tão, mas tão triste", afirma esta mulher de cerca de 50 anos, acompanhada pelo marido.

"Tenho muitíssimos sapatos Chanel, ternos, óculos... tudo vintage. A Chanel é muito importante para nós, quando minha filha era pequena me dizia: quando crescer vou ganhar muito dinheiro e te darei de presente sapatos Chanel. Com seu primeiro salário, me deu de presente meu primeiro par".

Lagerfeld "soube rejuvenescer a Chanel sem distorcer a marca". Emocionada, Celina Pastors, de 26 anos, aperta contra o peito uma rosa branca envolvida em celofane, antes de depositá-la em frente à porta da butique.

"Como ele, vim da Alemanha para Paris para aprender", acrescenta esta jovem de Hamburgo. "Foto, moda... tinha um talento incrível, era muito culto, falava um francês delicado... Como vão substitui-lo"?, questiona em frente à fachada da prestigiosa loja.

- Orgulho -

Na fachada, nenhum laço preto ou cartaz anuncia sua morte. Nada perturba a discreta elegância da butique Chanel, situada entre o Sena e a praça Vendôme. Os turistas japoneses que se aproximam para tirar fotos diante de suas vitrines ainda não ouviram a notícia. Em seu interior, os funcionários receberam instruções de não "dizer nada" à imprensa.

Estudante na Escola da Câmara sindical de costura parisiense, a jovem alemã e sua amiga, Marie Lanzoni, de 20 anos, vieram assim que ouviram sobre o falecimento do mestre, de 85 anos. Junto com sua rosa, Celina colocou um cartão, escrito em alemão: "Obrigada ao maior mestre da moda, um orgulho para a França e a Alemanha".

Tom e Jade, ambos de 20 anos, vieram com a mesma ideia. Estudantes em uma escola de moda, chegaram cada um com uma rosa branca.

"Para nós é quase parte da família", diz Tom André. "Era uma inspiração para as novas gerações, sobretudo seus desfiles", diz com o olhar escondido atrás de óculos escuros.

Sua amiga, Jade Mari, com o cabelo recolhido em duas tranças e um casaco creme, afirma que temia o pior. "Primeiro seus últimos desfiles, com o tema de Egito e as múmias, e depois o das folhas mortas, sentimos que já estava nos anunciando algo... E quando vimos que estava ausente no último dia do desfile em janeiro, soubemos que não lhe restava muito tempo".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)