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Estado de Minas

Críticas a Davos por acolher importante delegação saudita após caso Khashoggi


postado em 24/01/2019 18:25

Vários ativistas e ONGs criticaram o Fórum Econômico de Davos por convidar este ano uma importante delegação saudita apesar do assassinato do jornalista crítico Jamal Khashoggi.

A presença saudita é "profundamente perturbadora", disse à AFP o secretário-geral da Anistia Internacional, Kumi Naidoo, no fórum, que a cada ano reúne a elite política e econômica mundial em uma estação de esqui dos Alpes suíços.

O evento é realizado "poucos meses depois de uma das violações mais atrozes que vimos contra a comunidade jornalística", acrescentou.

Khashoggi foi assassinado em 2 de outubro do ano passado quando foi ao consulado de seu país na Turquia, Morreu em uma operação na qual poderiam estar envolvidas as autoridades e que gerou uma crise diplomática.

Como consequência, muitos países boicotaram em outubro um ambicioso fórum econômico organizado em Riad, qualificado pela imprensa de "Davos no deserto", embora não tivesse relação com o Fórum Econômico Mundial.

Em Davos, os ministros sauditas de Finanças e Economia estão entre os participantes do programa oficial, junto com vários responsáveis de empresas importantes, incluindo o gigante petroleiro Saudi Aramco.

Os dois ministros participaram nesta quinta-feira de um seminário junto com o presidente da petroleira francesa Total, que em outubro esteve no fórum de Riad e pediu que deixassem para trás o caso Khashoggi.

O assassinato, disse, "foi inaceitável, é claro (...), mas temos que olhar positivamente para o futuro e como seguir em frente".

O presidente suíço, Ueli Maurer, por sua vez, disse à agência local da SDA que já virou a página.

"Há algum tempo, deixamos para trás o caso Khashoggi (...) Concordamos que temos que continuar o nosso diálogo financeiro e normalizar as relações", indicou Maurer, que se reuniu com o ministro saudita das Finanças, Mohammed Al Jadaan, em Davos.

Mas os ativistas não querem esquecer.

O responsável da Anistia, Kumi Naidoo, lamentou que não houvesse sessão sobre Khashoggi no programa oficial. "Não podemos deixar a cultura da impunidade crescer", assegurou.

"Uma delegação oficial da Arábia Saudita, incluindo cinco ministros, está aqui em Davos para um diálogo sobre a agenda global, regional e industrial", se limitou a afirmar um porta-voz do fórum em um e-mail enviado à AFP.


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