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Estado de Minas

EI reivindica ataque contra forças curdas e americanas na Síria


postado em 21/01/2019 12:08

Um comboio das forças americanas e de seus aliados árabes e curdos foi alvo, nesta segunda-feira (21), de um ataque suicida reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) no noroeste da Síria.

Cinco combatentes das Forças Democráticas Sírias (FDSs), a aliança curdo-árabe apoiada por Washington, morreram, enquanto dois soldados americanos ficaram feridos neste ataque que aconteceu na província de Hassaké, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O ataque foi reivindicado pelo EI por meio de seu órgão de propaganda Amaq.

"Um atentado suicida com carro-bomba atingiu o comboio conjunto das forças americanas" e seus aliados curdos perto de Shadadi, informou a Amaq em um comunicado.

Há menos de uma semana, um ataque em Manbij, no norte da Síria, reivindicado pelo EI, deixou 19 mortos, incluindo quatro soldados dos Estados Unidos.

Nesta segunda-feira, "um comboio de tropas americanas escoltado pelas FDSs foi atacado por um suicida ao volante de um carro-bomba", declarou à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"O carro-bomba atingiu um veículo das FDSs, matando cinco combatentes desta força e ferindo dois americanos", disse a mesma fonte.

O porta-voz da coalizão internacional antijihadista liderada por Washington confirmou em sua conta no Twitter um ataque contra "um comboio conjunto dos Estados Unidos e uma força parceira síria".

"Não há vítimas americanas", disse ele.

Uma testemunha contactada pela AFP afirmou que a explosão ocorreu próximo de um posto de controle das forças curdas perto de Shadadi. Aviões sobrevoaram a área antes que esta fosse totalmente isolada, acrescentou a mesma fonte.

- Retirada americana -

Em um comunicado, a polícia curda de Assayech disse que o "carro-bomba" conduzido por um "terrorista" atacou um comboio militar da coalizão internacional. Não houve "perdas humanas", e apenas um policial ficou "levemente ferido", apontou.

Este novo ataque ocorre quando os Estados Unidos anunciaram no mês passado a retirada de seus dois mil soldados estacionados na Síria, justificando esse desengajamento pela derrota do EI.

Acuados em seus últimos redutos no leste da Síria, os extremistas continuam sendo um incômodo, porém, lançando letais ataques no país e também no exterior.

Em 16 de janeiro, em Minbej, dez civis e cinco combatentes das forças curdo-árabes foram mortos em um ataque reivindicado pelo EI. Quatro americanos também morreram: dois militares, um funcionário civil do Departamento da Defesa e um empregado de uma empresa terceirizada pelo Pentágono.

Este foi o ataque mais letal contra as forças dos Estados Unidos na Síria, segundo o Pentágono, que informou as mortes nos últimos anos de dois americanos em dois incidentes separados.

Após uma ascensão meteórica em 2014 e a conquista de amplas faixas de território na Síria e no Iraque, o EI sofreu uma série de derrotas em ofensivas lançadas nesses dois países.

No leste da Síria, atualmente, os jihadistas são alvo de uma ofensiva das FDSs, apoiadas pelos ataques aéreos da coalizão anti-EI.

O EI também está presente em um setor do deserto sírio que se estende do centro do país até a província de Deir Ezzor.

Deflagrada em 2011 pela repressão de manifestações por parte do governo de Bashar al-Assad, o conflito na Síria se tornou mais complexo ao longo dos anos com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos extremistas, em um território cada vez mais fragmentado. Deixou mais de 360 mil mortos e milhões de refugiados e deslocados.


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