Confrontado com a ameaça terrorista e uma oposição crescente da sociedade civil, o governo de Burkina Faso pediu demissão nesta sexta-feira, segundo um comunicado da presidência.
"O primeiro-ministro, Paul Kaba Thieba, apresentou durante a tarde sua demissão e a do seu governo. O presidente de Faso a aceitou" e manifestou "todo o seu reconhecimento ao primeiro-ministro e ao conjunto de seus ministros por seu compromisso a serviço da Nação".
Economista desconhecido do grande público, Paul Kaba Thieba se tornou em janeiro de 2016 o premier do presidente Kaboré, recém eleito.
Seu perfil se encaixava na prioridade que o presidente deu, durante a campanha, às questões econômicas e sociais neste país do Sahel de 18 milhões de habitantes assolado pelo desemprego, especialmente entre os jovens, que representam quase três quartos da população.
Uma semana após a nomeação de Thieba, um ataque jihadista em Uagadugú deixou 30 mortos e evidenciou o clima de insegurança no país.
Segundo fontes ligadas à presidência, a demissão se deve à vontade de Kaboré de dar um novo impulso no governo, que enfrenta uma forte oposição nas ruas.