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Estado de Minas

Lavrov: Rússia está disposta a trabalhar com EUA para 'salvar' tratado nuclear


postado em 16/01/2019 07:56

A Rússia está disposta a trabalhar para "salvar" o Tratado sobre Armas Nucleares de Médio Alcance (INF, Intermediate-Range Nuclear Forces Treaty) firmado na Guerra Fria, do qual Washington ameaçou se retirar - declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, nesta quarta-feira (16).

"Estamos, como sempre, prontos para trabalhar para salvar o tratado", disse ele em sua entrevista coletiva anual, pedindo aos países europeus que apoiem Moscou nas negociações.

"Espero que os países europeus, que talvez tenham mais interesse nisso do que qualquer outro, façam o necessário para não ficarem presos à posição americana (...) e tentem obrigar Washington a ter uma posição mais responsável", acrescentou.

Na terça-feira, delegações da Rússia e dos Estados Unidos se reuniram em Genebra para tratar do Tratado INF, mas sem chegar a um acordo.

Washington acusa Moscou de violar este tratado da Guerra Fria. No início de dezembro, os americanos deram aos russos um prazo de 60 dias para que se atenha às suas obrigações.

Ao fim da reunião de Genebra, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, acusou os Estados Unidos de serem "completamente" responsáveis por uma eventual ruptura do tratado, acrescentando que a Rússia faz propostas para evitar isso.

"Aproveitamos as consultas para propor à parte americana uma série de medidas concretas sobre os mísseis 9M729 que permitiriam afastar qualquer suspeita de não conformidade com este tratado", declarou Riabkov, citado pela imprensa russa.

Segundo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e os Estados Unidos, o que não se enquadra no INF é o novo sistema de mísseis.

O tratado INF foi firmado em 1987 pelo último líder da então URSS, Mikhail Gorbachov, e pelo então presidente americano, Ronald Reagan.

O texto, que suprime o uso de toda uma série de mísseis com alcance entre 500 e 5.000 quilômetros, pôs fim à crise deflagrada nos anos 1980 com o envio dos SS-20 soviéticos com ogivas nucleares à Europa Oriental, e mísseis americanos Pershing no lado ocidental.


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