(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Coalizão alerta para fracasso da trégua no Iêmen caso persistam violações dos rebeldes


postado em 19/12/2018 07:59

A trégua que entrou em vigor na terça-feira em Hodeida, a principal frente de guerra no Iêmen, fracassará se os rebeldes continuarem violando as condições do cessar-fogo e se a ONU demorar a intervir, afirmou nesta quarta-feira a coalizão pró-governo liderada pela Arábia Saudita.

"Se a ONU continuar adiando e demorar muito a entrar em cena, perderá a oportunidade (...) e o acordo (de trégua) estará destinado ao fracasso", declarou à AFP uma fonte da coalizão, que apoia militarmente o governo iemenita contra os rebeldes huthis.

"Continuamos concedendo o benefício da dúvida e demonstramos moderação, mas os primeiros sinais não são encorajadores", completou a fonte, que pediu anonimato, antes de acusar a rebelião de violar a trégua em 21 oportunidades.

Apesar do acordo de 13 de dezembro, estabelecido na Suécia entre o regime, apoiado militarmente pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, que prevê um cessar-fogo imediato, os confrontos, às vezes violentos, prosseguem de maneira intermitente nesta cidade do oeste do país.

Na terça-feira, uma fonte da ONU anunciou à AFP que um comitê com representantes dos beligerantes e coordenado pelas Nações Unidas chegaria a Hodeida em um prazo de 24 horas para supervisionar a trégua.

Este comitê, responsável por monitorar a retirada dos combatentes de Hodeida e a saída dos rebeldes dos principais portos da província de mesmo nome, deve apresentar um relatório a cada semana ao Conselho de Segurança da ONU.

Após várias trocas de tiros esporádicas durante a madrugada de quarta-feira, a calma voltou a Hodeida, afirmou por telefone à AFP um morador da cidade.

O porto da cidade recebe a maior parte da ajuda e das importações de alimentos do Iêmen, um país pobre da península arábica ameaçado pela fome após quatro anos de conflito.

A guerra do Iêmen deixou pelo menos 10.000 mortos, de acordo com a ONU. Várias ONGs, no entanto, acreditam que o balanço real de vítimas diretas ou indiretas do conflito é muito maior.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)