O conselho administrativo da Renault ratificou nesta quinta-feira (13) Carlos Ghosn, preso no Japão por ocultar parte de sua renda, como presidente da multinacional.
Ghosn permanece como presidente e diretor-geral, como havia sido anunciado em 20 de novembro, explicou o principal fabricante de automóveis francês, que "não está em posição de decidir" sobre as acusações contra ele.
O conselho de administração declarou que o fabricante francês chegou à "conclusão preliminar, à conformidade dos elementos de remuneração do presidente-gerente geral da Renault e das condições de sua aprovação de acordo com as disposições legais", referindo-se a às apurações iniciadas após a prisão de Ghosn no Japão.
Os administradores da Renault designaram provisoriamente a Thierry Bolloré como diretor-geral do grupo.
No Japão, Ghosn foi demitido como presidente dos conselhos de administração da Nissan e da Mitsubishi após o escândalo.
Detido em 19 de novembro em Tóquio, o presidente da Renault e da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi está preso desde então. Ele foi indiciado na segunda-feira por esconder dinheiro por cinco anos, e sua detenção provisória foi prolongada com base em novas alegações.
A detenção provisória se estende agora até 20 de dezembro, data que poderá ser prorrogada por mais 10 dias.