O governo colombiano rejeitou "categoricamente" a versão lançada nesta quarta-feira (12) pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que o envolve em um suposto plano dos Estados Unidos de derrubá-lo e até assassiná-lo.
"A Colômbia não está, em hipótese alguma, estabelecendo ou pensando em qualquer ato hostil, ou qualquer atitude de belicismo com qualquer país da região", disse o presidente Ivan Duque em um comunicado.
Maduro, submetido a fortes pressões internacionais e que continuamente denuncia conspirações, disse em Caracas que o conselheiro de segurança nacional dos EUA, John Bolton, está liderando um suposto complô contra ele que compromete a Colômbia e o futuro governo do Brasil.
Os esforços de Bolton incluiriam, segundo Maduro, treinar tropas regulares nos Estados Unidos para tomar três bases militares e 734 "mercenários" na Colômbia para gerar, como na fronteira com o Brasil, incidentes armados e até matá-lo.
"Não vamos deixá-los começar a tecer esse tipo de dúvidas ou acusações", disse Duque, que lidera a pressão internacional contra o governo venezuelano, que ele considera uma "ditadura".
O presidente também previu que Caracas enfrentará um endurecimento da pressão regional quando Maduro assumir, em janeiro.
o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia indicou anteriormente em um comunicado que o governo "condena com clareza e contundência as declarações demitidas, desrespeitosas e caluniosas" de Maduro sobre uma guerra imaginária que a Colômbia tentaria iniciar.