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Estado de Minas

Mais investigações e poucas respostas sobre ataques sonoros a diplomatas em Cuba


postado em 12/12/2018 20:49

Os diplomatas que sofreram misteriosos danos cerebrais quando trabalhavam em Cuba apresentaram uma série de sintomas - ansiedade, desorientação e enjoos - além do que já haviam relatado, informaram especialistas nesta quarta-feira.

O problema começou no outono de 2016, quando o pessoal diplomático que residia em Havana começou a se queixar de dor no ouvido após escutarem sons de alta frequência.

Em um novo estudo, publicado na revista Laryngoscope Investigative Otolaryngology, os sintomas de 25 pessoas foram examinados em sua "fase aguda", logo após os diplomatas ficarem doentes mas antes de serem diagnosticados, revelaram especialistas da Universidade de Miami e da Universidade de Pittsburgh.

Este novo relatório detalha uma série de sintomas que vão além da descrição de trauma cerebral, similar a uma contusão sem impacto físico, descrito no estudo da Universidade da Pensilvânia publicado em fevereiro no Journal of the American Medical Association (JAMA).

O estudo publicado no JAMA acompanhou os pacientes por meses, mas não soube explicar as causas concretas de seus problemas.

De forma diferente, "analisamos estes indivíduos antes de seu diagnóstico formal", disse à imprensa Bonnie Levin, professora de neurologia da Escola de Medicina Miller da Universidade de Miami.

Suas primeiras queixas foram "enjoo e desorientação", além da dor de ouvido.

"Mas os testes padrões de audição não revelaram perda da audição, exceto nos casos de dois indivíduos que já apresentavam falhas auditivas antes do caso".

Mas os pacientes apresentavam problemas de equilíbrio, o que sugeria que o ouvido interno tinha sido afetado.

Normalmente eles relatavam uma "neblina cognitiva", que "algo não estava bem, se sentiam sem equilíbrio".

Também havia ansiedade e irritabilidade, dificuldade para controlar emoções, mudança de humor, baixa tolerância à frustração e problemas de concentração.

Diante de trabalhos complexos, os pacientes relatavam que sua memória já não funcionava como antes.

Os pesquisadores não especularam sobre a causa dos sintomas, mas afirmaram que os exames afastam qualquer possibilidade de que tenham sido inventados.

Temos "evidência medível e quantificável de que ocorreu algo. Não é um caso de histeria", disse Carey Balaban, professor de otorrinolaringologia da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.

"Não sabemos ao que foram expostos e certamente não podemos tirar qualquer conclusão sobre se foi algo deliberado ou involuntário".

Mas "os sintomas destes indivíduos não foram aleatórios, não foram isolados e de fato coincidem".

"Não entendemos a fonte exata, mas acreditamos que há um caminho comum neurológico ou anatômico na base desta constelação de eventos em particular, e que consiste em mudanças vestibulares, cognitivas e emocionais".

A mídia cita a possibilidade de ataques com armas de micro-ondas, ataques sônicos, pulsos eletromagnéticos ou outras formas de energia dirigida.

Balaban destacou que há numerosos produtos para controlar pragas vendidos no mercado que utilizam ultrassom ou pulsos eletromagnéticos imperceptíveis ao ouvido humano.

"Isto demonstra que a tecnologia existe...".


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