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Estado de Minas

Polícia busca autor de tiroteio perto da feira de Natal de Estrasburgo


postado em 12/12/2018 19:23

As forças de segurança francesa buscavam nesta quarta-feira (12) o autor de um ataque que deixou três mortos e 12 feridos na terça à noite perto de um conhecido mercado natalino da cidade de Estrasburgo, no leste da França, aos gritos de "Alá é Grande".

Mais de 720 membros dos serviços de segurança participam no rastreamento, e se fez um chamado à colaboração do público. "Não podemos excluir" que tenha passado à Alemanha, disse o secretário de Estado francês do Interior, Laurent Núñez, acrescentando que o "fechamento da fronteira" está assegurado.

"O terror atingiu nosso território novamente", disse o promotor de combate ao terrorismo, Rémy Heitz, em uma coletiva de imprensa em Estrasburgo, que identificou o agressor com o nome de Cherif C., nascido em 24 de fevereiro de 1989 em Estrasburgo.

O homem já tinha antecedentes criminais por crimes comuns, principalmente roubo e violência. Na França, ele foi condenado 27 vezes, mas também na Alemanha, onde foi preso por roubo, e na Suíça, acrescentou Heitz.

O fiscal explicou que Cherif Chekatt, de 29 anos, se radicalizou na prisão, onde tinha uma "atitude de proselitismo", o que o levou a ser incluído em uma lista de potenciais islamitas radicais (FSPRT).

Levando em conta o objetivo, o modus operandi do atacante, seu perfil e os depoimentos coletados daqueles que o ouviram gritar 'Alá é grande', o caso está nas mãos do Ministério Público em Paris", acrescentou.

Na manhã de terça-feira iria ser preso pelos policiais por uma investigação de um crime comum, mas escapou da prisão, disse uma fonte próxima ao caso.

No mercado de Natal de Estrasburgo, que recebe dois milhões de visitantes por ano, o homem "abriu fogo várias vezes com uma arma e usou uma faca", acrescentou o promotor. Ele foi ferido no tiroteio com a polícia e depois fugiu em um táxi.

A polícia prosseguia com as buscas e nesta quarta-feira prendeu quatro pessoas próximas a ele, disse Heitz.

Além dos mortos, há outros doze feridos, seis deles ainda em estado de absoluta urgência.

Em Paris, a Assembleia Nacional e membros do governo fizeram nesta quarta-feira um minuto de silêncio em homenagem às vítimas.

O governo do presidente Emmanuel Macron anunciou, por outro lado, que enviou imediatamente mais 500 soldados para a Operação Sentinela, que opera desde os ataques de 2015 para apoiar as tarefas de vigilância.

-Estado de choque -

No centro de Estrasburgo, ainda em estado de "choque", o sino da catedral tocou durante dez minutos ao meio-dia para unir a comunidade "em face do sofrimento das vítimas e de todos os Estrangeiros", disse o bispado.

Segundo o prefeito da cidade, entre as vítimas há um turista tailandês. A imprensa italiana informou que um jovem jornalista italiano também foi ferido no atentado.

O parlamento Europeu, que tem uma de suas sedes na cidade, também dedicou um minuto de silêncio.

Na Kléber Square, o centro nevrálgico de Estrasburgo, moradores prestaram homenagem às vítimas com inscrições como "Je suis Strasbourg" e deixando velas e rosas.

"Tínhamos um nó no estômago ao sair de casa esta manhã", disse Cathia, que esteve em uma das ruas onde ocorreu o tiroteio.

O mercado de Natal permaneceu fechado nesta quinta-feira, segundo a Prefeitura. O prefeito socialista de Estrasburgo, Roland Ries, ressaltou que quer reabri-lo "o quanto antes", uma vez que "as condições de segurança sejam cumpridas".

As autoridades elevaram o nível de alerta terrorista para "urgência: atentado", o mais alto da escala.

Esta medida inclui controles reforçados nas fronteiras e em todos os mercados de Natal na França "para evitar o risco de cópia do ataque", indicou o ministro do Interior.

O tradicional mercado de Natal de Estrasburgo já havia sido alvo de um projeto de atentado em dezembro de 2000. Em dezembro de 2016, o mercado de Natal em Berlim sofreu um ataque reivindicado pelo grupo do Estado Islâmico, quando um veículo atropelou os pedestres.

A França vive sob ameaça terrorista desde a onda de atentados extremistas de 2015, a pior na história recente do país.

Desde então, 246 pessoas morreram em atentados em solo francês, sem incluir o tiroteio em Estrasburgo


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