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Estado de Minas

Primeira-ministra britânica enfrenta moção de censura


postado em 12/12/2018 18:45

A primeira-ministra britânica, Theresa May, garantiu nesta quarta-feira (12) que não concorrerá nas próximas legislativas, em um esforço para vencer a moção de censura apresentada por deputados rebeldes de seu próprio partido para afastá-la do poder e da negociação sobre o Brexit.

"Disse que não tinha intenção de liderar (a campanha) para as eleições de 2022", afirmou o deputado Alex Shelbrooke, ao fim de uma reunião entre a chefe de governo e os legisladores de seu partido.

Pouco depois, começaria a votação da moção de censura, que deve se prolongar até as 20h GMT (18h de Brasília).

Durante o dia, circularam informações segundo as quais May tinha vitória garantida, mas deputados consideravam que isso não era tão certo.

"Será muito apertado", disse na saída da reunião a conservadora Andrea Jenkyns.

Concentrada em reunir o maior respaldo possível, a chefe de governo tinha cancelado a reunião do conselho de ministro e a viagem que faria à Irlanda para se encontrar com seu homólogo Leo Varadkar.

"Lutarei contra esta votação com tudo que tenho", tinha dito May em uma breve declaração à imprensa, pouco depois do anúncio da votação.

Para se manter no cargo, May precisa do apoio de pelo menos metade mais um dos 315 deputados conservadores. Por volta de 12h locais, a BBC afirmou que a primeira-ministra já tinha esses 158 votos garantidos - o que fez a libra esterlina subir imediatamente.

- 'Decidida a terminar' -

May reforçou que está "firmemente decidida a terminar o trabalho" de tirar o Reino Unido da União Europeia (UE) em 29 de março, defendendo "o melhor acordo possível".

O texto, fruto de 17 meses de duras negociações com Bruxelas, desagrada tanto os pró-europeus como os eurocéticos.

Um grupo desses últimos tentava reunir apoio suficiente para questionar a liderança de May há algum tempo. Eles finalmente conseguiram depois que a primeira-ministra cancelou na última hora, na segunda-feira, a votação sobre o texto que estava prevista para terça-feira 11 de dezembro no Parlamento e que deveria ratificar ou rejeitar o documento de 585 páginas acordado com os líderes de outros 27 países europeus.

Após a votação da moção, que será secreta, os votos serão apurados e o resultado deve ser anunciado às 21h locais (19h de Brasília).

Enquanto isso, vários integrantes do governo se expressaram a favor e contra May.

"O cargo de primeiro-ministro é o mais difícil que se pode imaginar neste momento e a última coisa que o país precisa é uma longa e dura disputa pela liderança", tuitou o ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt.

No campo contrário, o chefe do grupo de deputados conservadores eurocéticos ERG, Jacob Rees-Mogg, afirmou que "o país precisa de um novo líder" e que na reunião antes da votação May repetiu "o mesmo velho discurso de sempre, nada de novo".

Em breve declaração à imprensa, a primeira-ministra tinha ressaltado que este é o pior momento para criar divisão e incerteza no partido e no país.

Ela disse que um novo líder não teria tempo para renegociar o acordo do Brexit nem para os preparativos antes de 29 de março, o que significaria um "atrasou ou até anulação do Brexit".

"Nada disso seria do interesse nacional", destacou.

Após o referendo de junho de 2016, no qual 52% dos britânicos votaram a favor do Brexit, o Reino Unido deve sair do bloco em 29 de março. Caso não ratifique o texto negociado com Bruxelas, a retirada deve acontecer sem acordo, o que teria consequências catastróficas para a economia britânica.


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