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Estado de Minas

Tiroteio deixa três mortos e doze feridos em feira de Natal em Estrasburgo


postado em 12/12/2018 00:22

O ataque de um homem armado contra uma feira de Natal em Estrasburgo, no nordeste da França, deixou três mortos e doze feridos, incluindo seis em estado grave, anunciou o ministro francês do Interior, Christophe Castaner.

Mais cedo, o prefeito da cidade, Roland Ries, havia informado "quatro mortos e doze feridos, incluindo três ou quatro em estado grave", como resultado do ataque.

O agressor foi ferido por uma patrulha de soldados da operação 'Sentinelle' antes de fugir da região do mercado, revelou um oficial da polícia, que não descartou uma ação terrorista.

Segundo o Estado-Maior das Forças Armadas, um soldado ficou levemente ferido na troca de tiros.

Após o ataque à feira, um segundo tiroteio foi registrado no bairro onde estaria o autor dos disparos.

Por volta das 22H30 GMT (20H30 Brasília), um helicóptero sobrevoava o bairro de Neudorf, na zona de fuga do atirador, enquanto a população permanecia em casa no centro da cidade.

O presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou a "solidariedade de toda a Nação com Estrasburgo, nossas vítimas e suas famílias".

A seção antiterrorista da Promotoria de Paris anunciou que ficará a cargo da investigação, após a polícia informar que não descarta uma ação do terror.

A Promotoria já abriu uma investigação por "assassinatos, tentativas de assassinatos relacionadas a grupo terrorista e associação criminosa para atos terroristas".

O autor dos disparos foi identificado e já estava fichado na categoria "S" ("Segurança do Estado), segundo a polícia.

Natural de Estrasburgo, 29 anos, o agressor deveria ter sido detido na manhã desta terça-feira por uma tentativa de homicídio, revelou à AFP uma fonte ligada ao caso.

É um indivíduo conhecido por crimes comuns, informou o ministro do Interior, Christophe Castaner.

A tradicional feira de Natal de Estrasburgo, alvo de ameaças de atentado no passado, está sempre sob fortes medidas de segurança.

Após o tiroteio, o vice-prefeito da cidade, Alain Fontanel, pediu à população que ficasse em casa "até que a situação se esclareça".

A polícia também solicitou às "pessoas que moram nos bairros de Neudorf e Parque de l'Etoile que não saíssem de casa".

Castaner monitora a situação a partir da célula de crise montada no ministério do Interior. "Nossos serviços de segurança e de emergência estão mobilizados. Não espalhem boatos e sigam os conselhos das autoridades".

Macron foi por volta da meia-noite à célula de crise no ministério do Interior.

O centro histórico de Estrasburgo foi totalmente cercado pelas forças de segurança, que pediram aos pedestres para evitar a região.

Militares armados, policiais e veículos de emergência ocuparam a região do mercado.

Testemunhas disseram à AFP que ocorreram vários disparos por volta das 20H00 (17H00 Brasília), provocando pânico entre a multidão.

"Escutamos vários tiros, ao menos três, e várias pessoas correram. Uma delas caiu, mas não sei se tropeçou ou foi atingida (pelos disparos). O pessoal do bar gritou: 'fecha, fecha e o bar fechou", contou uma testemunha à AFP.

"Estávamos na Praça Kléber por volta das 20H00. Ouvi tiros e houve pânico, corremos em todas as direções", revelou Fatih, outra testemunha, que viu três feridos no chão em uma rua a poucos metros da árvore de Natal iluminada, em pleno centro da cidade.

"Começamos a ver policiais com escudos que gritavam: saiam, saiam e buscavam o autor dos disparos", contou Faith.

"Ficamos refugiados em um restaurante. O proprietário recebeu algumas instruções e nos levou para o fundo do salão. Apagamos todas as luzes", contou Michèle, uma mulher que jantava em um local próximo ao incidente.

O Parlamento Europeu, instalado em Estrasburgo, que realizava uma sessão no momento do ataque, foi cercado pela polícia.

Como mostra de solidariedade, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, manteve a sessão até o final, por volta da meia-noite.

"Este Parlamento não se deixa intimidar pelos ataques de criminosos e terroristas. Seguimos trabalhando e reagimos com a força da liberdade e da democracia contra o terror", declarou Tajani.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, declarou no Twitter estar "consternada e triste pelo terrível ataque de Estrasburgo". "Meus pensamentos estão com todos os afetados e com o povo francês".

"Lamentamos as pessoas mortas e pensamos nos feridos", reagiu no Twitter o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, também "chocado" com o ataque.

A França se encontra em alto nível de alerta terrorista desde a série de atentados jihadistas que deixou 246 mortos a partir de 2015.

A última vítima de ataque terrorista no país foi esfaqueada por Khamzat Azimov - um jovem de 20 anos morto pela polícia - no bairro turístico da Ópera, em Paris, no dia 12 de maio de 2018.


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