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Estado de Minas

Canadá concede liberdade sob fiança a executiva da Huawei


postado em 11/12/2018 21:55

Um juiz canadense concedeu nesta terça-feira (11) a liberdade sob fiança à diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, após ter sido presa no país a pedido dos Estados Unidos, em um caso que provocou tensão entre os aliados norte-americanos e a China.

"O risco de que não se apresente perante o tribunal (para uma audiência de extradição) pode ser reduzido a um nível aceitável, impondo as condições de fiança propostas por seu assessor", disse o juiz, aplaudido na sala do tribunal pelos partidários da empresa chinesa.

Mais cedo, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, havia confirmado a prisão de um ex-diplomata de seu país na China em meio a um clima de tensão entre os dois países, provocado pela detenção da executiva chinesa em 1º de dezembro no Canadá.

"Sabemos que um canadense foi detido na China, estamos em contato direto com os chineses", afirmou Trudeau, quando questionado pela imprensa sobre informações de uma ONG sobre a prisão de Michael Kovrig, especialista canadense no nordeste asiático que já foi diplomata em Pequim, Hong Kong e nas Nações Unidas.

"Estamos comprometidos com este caso, que levamos muito a sério e, evidentemente, estamos proporcionando assistência consular à família", declarou Trudeau.

A ONG onde Kovrig trabalhou, o International Crisis Group (ICG), confirmou estar ciente das informações sobre sua prisão.

"Faremos o possível para obter informações sobre o destino de Michael e conseguir sua libertação rápida e em toda segurança", declarou a organização de prevenção de conflitos.

Já o ministro da Segurança, Ralph Goodale, declarou estar "muito preocupado" pela prisão.

Diretora financeira da gigante chinesa de telecomunicações Huawei, Meng Wanzhou enfrenta acusações de fraude relacionadas a supostas violações das sanções americanas ao Irã.

Os Estados Unidos expressaram nesta terça sua "preocupação" com a prisão de Kovrig e pediram a Pequim que "detenha todas as formas de prisão arbitrárias".

O porta-voz do departamento americano de Estado, Robert Palladino, exigiu "respeito às garantias e à liberdade de todos os indivíduos, de acordo com os compromissos internacionais da China em matéria consular e de direitos humanos".

Wanzhou foi presa em Vancouver enquanto trocava de avião durante uma viagem de Hong Kong ao México. A Justiça americana exigiu sua extradição por "conspiração para defraudar várias instituições financeiras".

A China "não vai ficar de braços cruzados" se seus cidadãos forem "maltratados" no exterior, alertou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, mais cedo nesta terça-feira.


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