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Estado de Minas

Venezuela tacha de 'cínica' reação dos EUA à chegada de bombardeiros russos


postado em 11/12/2018 21:40

O governo da Venezuela qualificou nesta terça-feira (11) de cínica a reação dos Estados Unidos ao envio de dois bombardeios russos ao país caribenho para exercícios militares, recordando que o presidente americano, Donald Trump, aventou uma possível intervenção.

"A reação" do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, "não é só desrespeitosa, é cínica: os EUA possuem pelo menos 800 bases militares (conhecidas) em 70 países", postou no Twitter o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.

"Hoje, 75 dos 107 programas dos EUA para cooperação na segurança operam na América Latina", acrescentou.

Na segunda-feira, dois bombardeiros Tu-160, um avião de transporte An-124 e um avião de passageiros Il-62 aterrissaram no aeroporto de Maiquetía, que atende Caracas, para exercícios de Defesa, segundo o alto comando militar venezuelano.

Pompeo rechaçou as manobras no Twitter, acusando Moscou e Caracas de ser "dois governos corruptos esbanjando recursos públicos e reprimindo a liberdade enquanto seu povo sofre". A Rússia criticou esta resposta "pouco diplomática" e tachou a mensagem de inaceitável.

"É insólito" que Washington questione a operação, quando Trump "nos ameaçou publicamente com uma intervenção militar", expressou Arreaza. "Se quiserem cooperar, levantem as sanções contra a Venezuela", acrescentou o funcionário.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que denuncia continuamente conspirações contra ele orquestradas pela Casa Branca, se prepara para iniciar um segundo mandato (2019-2025) em 10 de janeiro, após se reeleger em eleições desconhecidas pelos Estados Unidos, a União Europeia e uma dúzia de países latino-americanos.

Em setembro, no âmbito da Assembleia Geral da ONU, Trump declarou que "todas as opções estão sobre a mesa" no caso venezuelano, "as fortes e as menos fortes".

"E já sabem o que quero dizer com forte", disse, então, à imprensa.

Ante os questionamentos de Pompeo, Arreaza exortou os Estados Unidos a revisar "seu imenso" orçamento militar, de 674 bilhões de dólares para 2019: "Com certeza os 50 milhões de pobres e famílias sem acesso à saúde pública nos EUA podem sugerir destinos mais justos para estes recursos".

Já o ministro colombiano da Defesa, Guillermo Botero, declarou que este tipo de manobra da Venezuela não é novidade, e destacou que as Forças Armadas da Colômbia sempre agem com uma "prudência a toda prova".

"A Colômbia não é um país provocador, não provoca e nem permite ser provocada", declarou Botero à W Radio.

A Rússia enviou aeronaves à Venezuela cinco dias depois de um encontro, em Moscou, entre Maduro e seu contraparte russo, Vladimir Putin, que lhe prometeu apoio.


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