Pelo menos 12 pessoas morreram, entre elas oito civis, no atentado suicida cometido nesta terça-feira (11) contra um comboio das forças de segurança afegãs perto de Cabul - aponta um novo balanço das autoridades afegãs.
A autoria do ataque foi reivindicada pelos talibãs.
"Quatro membros das forças de segurança e oito civis morreram, entre eles uma mulher e dois garotos", declarou à AFP o porta-voz da polícia, Basir Mujhaid.
O porta-voz adjunto do Ministério do Interior, Nasrat Rahimi, confirmou este balanço, acrescentando que 12 pessoas ficaram feridas, entre elas três civis.
Os talibãs assumiram o ataque em um tuíte publicado por seu porta-voz, Zabiullah Mujahid.
A explosão aconteceu no bairro de Paghman, no oeste da capital, indicou o porta-voz do Ministério, Najib Danish, que não explicou se o suicida se detonou a pé, ou em um veículo.
Uma fonte dos serviços de segurança, que pediu para não ser identificada, disse à AFP que um carro-bomba explodiu na passagem do comboio dos serviços de informação afegãos que voltava para Cabul, após uma operação armada noturna.
Em outro ataque, oito policiais afegãos morreram, e quatro ficaram feridos, nesta terça de madrugada, em uma invasão dos talibãs no distrito de Arghestan, indicou o governo da província de Kandahar (sul).
"Os combates duraram várias horas, e 11 talibãs morreram", acrescentou.
No mês passado, o presidente afegão, Ashraf Ghani, avaliou em cerca de 30.000 o total de militares mortos desde 2015, um número muito maior do que o anunciado até agora.
As perdas do Exército afegão podem se tornar "insustentáveis", se não forem tomadas medidas de maneira urgente para melhorar o recrutamento e a formação das tropas, alertou um general americano nesta terça.
Com 14 mil homens, os Estados Unidos integram o maior contingente das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) presentes no Afeganistão.