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Estado de Minas

Nacionalistas flamengos deixam governo de coalizão na Bélgica


postado em 09/12/2018 17:36

Os ministros nacionalistas da Nova Aliança Flamenga (N-VA) anunciaram sua saída da coalizão que governa há quatro anos na Bélgica, devido a uma profunda divergência sobre o Pacto da ONU para Migrações - informou um desses ministros neste domingo (9).

Essas renúncias foram "aceitas" pelo rei dos belgas após um encontro com Michel, que lhe apresentou os nomes dos ministros que ocuparão as pastas do Interior, das Finanças, da Defesa e de Migração.

"Lamento que tenhamos chegado a isso", declarou o primeiro-ministro ao canal de televisão RTL-TVI.

"É uma coalizão que se instala é responsável", prometeu, pedindo um "diálogo com o Parlamento", já que, segundo ele, realizar eleições antecipadas "pode bloquear o país por um ano".

Em entrevista coletiva, Michel fixou suas três prioridades: poder aquisitivo, segurança e política climática, em resposta a um "chamado forte" dos cidadãos.

Os ministros nacionalistas flamencos da N-VA renunciaram da coalizão que governa na Bélgica há quatro anos devido a um profundo desacordo sobre o Pacto da ONU para as Migrações.

O ex-ministro do Interior, Jan Jambon, da Nova Aliança Flamenca (N-VA, nacionalistas flamencos), confirmou neste domingo à televisão pública RTBF que ele mesmo os demais ministros de seu partido renunciavam.

"Está claro, está claríssimo", declarou o ministro do Interior, Jan Jambon, à emissora de televisão pública RTBF, confirmando as renúncias e pondo fim a várias horas de confusão.

Agora, sem a N-VA, um peso-pesado dessa coalizão, o primeiro-ministro belga, Charles Michel, vê-se diante de um governo sem maioria no Parlamento, a apenas cinco meses das eleições legislativas previstas para final de maio.

No sábado à noite, o presidente da sigla, Bart De Wever, lançou um ultimato a Michel, dando a entender que a N-VA deixaria o governo, se o premiê fosse a Marrakech no domingo para aprovar, em nome da Bélgica, o Pacto da ONU para as Migrações.

"Tomo [...] conhecimento esta noite de que a N-VA abandona a maioria", respondeu Michel, após o anúncio.

O primeiro-ministro reiterou sua firme intenção de representar a Bélgica em Marrakech como "chefe de governo de uma coalizão responsável".

Ontem à noite, um conselho de ministros foi convocado como uma última tentativa de aparar as arestas, mas não foi possível superar as diferenças.

A N-VA é o único dos quatro partidos da coalizão que se opõe ao pacto, a ser aprovado na segunda, ou terça-feira, no Marrocos pelos países-membros da ONU, antes de ser ratificado durante uma votação na organização em 19 de dezembro.

O pacto havia sido aceito por consenso no governo neste verão (hemisfério norte), mas a N-VA mudou de posição no final de outubro.

Na terça à noite, por falta de unanimidade no Executivo, Charles Michel anunciou sua intenção de recorrer ao Parlamento. Dois dias depois, a questão foi desbloqueada por ampla maioria a favor de apoiar o pacto.


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