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Estado de Minas

França lamenta "sandices" e "manipulações" sobre assinatura do pacto migratório da ONU


postado em 09/12/2018 16:13

O ministro de Assuntos Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, lamentou neste domingo as "sandices" e as "manipulações" sobre o pacto migratório da ONU, que deve ser adotado nesta segunda-feira no Marrocos.

Este texto gera um grande debate no continente europeu e neste domingo provocou o rompimento da coalizão de governo na Bélgica com a demissão dos ministros nacionalistas flamencos.

"Há muito tempo que não ouvia tantas sandices (...) Há uma elucubração fantástica sobre o texto", considerou Le Drian durante uma entrevista para os meios franceses RTL, Le Figaro e LCI.

"Por motivos um pouco perversos em função das maiorias eleitorais em um país ou outro, se utiliza e se manipula o pacto sobre as migrações", afirmou o ministro das Relações Exteriores francês.

Os partidos nacionalistas europeus se opõem a este pacto, que também foi questionado por outros governos do mundo dirigidos por forças conservadoras e nacionalistas.

A Hungria se retirou do pacto no ano passado e desde então Austrália, Israel, Polônia, Eslováquia, República Tcheca, Áustria, Suíça, Bulgária, Bélgica, Letônia, Itália e República Dominicana renunciaram ao pacto ou expressaram fortes reservas.

O executivo populista italiano, do qual faz parte o partido de extrema-direita Liga, também voltou atrás no último momento e sua assinatura no acordo dependerá de uma votação no Parlamento italiano.

A oposição à assinatura do tratado migratório da ONU também é uma das reivindicações expressas nas manifestações do sábado na França por alguns membros dos "coletes amarelos", um movimento de indignação transversal.

"Em primeiro lugar, não se trata de um texto restritivo (...) Prevê que os Estados têm a responsabilidade de garantir suas fronteiras, que a política migratória é uma prerrogativa da soberania nacional, que os países de origem, de trânsito e de destino se comprometam a controlar os fluxos migratórios, a desmantelar e combater as redes de traficantes e respeitar os direitos humanos", assegurou Le Drian.

O pacto global estabelece 23 objetivos para viabilizar a migração legal e administrar melhor os fluxos, no momento em que o número de pessoas que se desloca em nível mundial aumentou para 250 milhões, pouco mais de 3% da população mundial.


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