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Estado de Minas INTERNACIONAL

Fontes relatam que Taleban mantém conversas com enviado dos EUA no Catar


postado em 18/11/2018 09:09

O Taleban tem participado de três dias de conversas com o enviado dos Estados Unidos, Zalmay Khalilzad, no Catar. No país, o grupo insurgente afegão mantém um escritório político. A informação foi dada por dois membros do Taleban.

As conversas tem como objetivo renovar o processo de paz no Afeganistão e eventualmente terminar a mais longa guerra dos Estados Unidos. Dezessete anos depois de a invasão americana que encerrou o período de governo do Taleban, os militantes controlam cerca de metade do país e promovem ataques quase diários contra forças de segurança locais e autoridades do governo.

Fontes afirmam que Khairullah Khairkhwa, um ex-governador de Herat pelo Taleban, e Mohammed Fazl, um ex-chefe militar do Taleban, participaram das conversas. Os indivíduos falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizados a discutir as negociações.

Autoridades norte-americanas não puderam ser encontradas imediatamente para comentar. O Departamento de Estado não quis fazer comentários sobre a informação de conversas com o Taleban.

Um terceiro indivíduo com conhecimento das conversas afirma que o Taleban pressionou por um adiamento das próximas eleições presidenciais e pelo estabelecimento de um governo interino sob liderança neutra. Abdul Sattar Sirat, um acadêmico islâmico, foi sugerido como um candidato para liderar a administração interina.

Khairkhwa e Fazl estão entre os membros sênior do Taleban que foram libertados da prsião na Baía de Guantánamo em 2014 em substituição pela liberdade do sargento americano Bowe Bergdahl, capturado no Afeganistão em 2009.

O presidente norte-americano Donald Trump criticou duramente a troca de prisioneiros em 2014 e, em um discurso em agosto, afirmou que enviaria forças adicionais e redobraria esforços para derrotar o Taleban. Essa estratégia teve pouco ou nenhum impacto, com o Taleban mantendo um ritmo intenso de ataques e com um braço afiliado ao Estado Islâmico promovendo bombardeios contra a minoria xiita no Afeganistão.

O governo de Trump parece agora estar concentrado em alcançar um acordo político com o Taleban e cedeu a uma porção de demandas do grupo, começando pelas conversas diretas. O Taleban tem recusado as demandas para negociar com o governo de apoio ocidental em Cabul, uma vez que os insurgentes o consideram um governo marionete.

Ao mesmo tempo, o Paquistão tem libertado diversos prisioneiros de alto escalão do Taleban, incluindo o co-fundador do movimento, Mullah Abdul Ghani Baradar. As solturas são vistas como um movimento dirigido pelos Estados Unidos com o objetivo de encorajar o Taleban a participar de conversas.

Em um longo comunicado emitido no início do mês, o Taleban pedia o fim de sanções contra líderes do grupo, a soltura de prisioneiros e o reconhecimento de seu escritório no Catar. O governo afegão se opõe duramente ao reconhecimento do escritório, ao qual o Taleban já se referiu no passado como um governo em exílio.

O enviado americano Zalmay Khalilzad tem viajado pela região nos últimos dias e, conforme as fontes, se encontrou com o presidente afegão Ashraf Ghani neste domingo. Ele deve pressionar Ghani a organizar um time próprio de negociação, o que pode se tornar difícil dadas as profundas divisões no governo. Fonte: Associated Press.


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