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Estado de Minas

CNN processa Casa Branca por barrar seu jornalista


postado em 14/11/2018 05:58

A emissora de televisão americana CNN decidiu processar o governo de Donald Trump por suspender a credencial de seu correspondente-chefe na Casa Branca, Jim Acosta, após uma intensa discussão com o presidente durante uma entrevista coletiva.

"A CNN apresentou uma demanda contra o governo Trump esta manhã na Corte de Distrito de Washington, DC", indicou a rede, em um comunicado, alegando que "a revogação ilícita" das credenciais de Acosta viola o direito de liberdade de expressão garantido na Primeira Emenda da Constituição americana.

"A revogação equivocada dessas credenciais viola os direitos de liberdade de imprensa da Primeira Emenda da CNN e de Acosta, e seus direitos da Quinta Emenda ao devido processo", afirmou.

O juiz Timothy Kelly, nomeado para seu atual cargo por Trump no ano passado, pediu à Casa Branca uma resposta sobre o caso para até 11H00 locais desta quarta-feira e agendou uma audiência para a mesma tarde (às 15H30 locais).

A CNN disse ter pedido ao tribunal federal uma ordem de restrição imediata que requer a devolução do passe de Acosta.

Segundo a emissora, se a ação não fosse apresentada, as ações da Casa Branca criariam um "perigoso" precedente para qualquer jornalista que cubra funcionários do governo.

A Casa Branca suspendeu o passe de Acosta depois de um bate-boca na quarta-feira passada com o presidente Trump, que classificou o jornalista de "pessoa grosseira e terrível", depois que ele rejeitou suas ordens de entregar o microfone durante uma entrevista coletiva.

Acosta continuou a fazer perguntas, enquanto uma jovem estagiária da Casa Branca tentava em vão tirar o microfone de sua mão. O governo Trump classificou o gesto de Acosta "comportamento indevido".

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, garantiu que o jornalista "colocou suas mãos" na jovem e publicou um vídeo editado de tal maneira que dramatiza a cena.

As imagens originais mostram claramente, porém, que é a estagiária que tenta tomar o microfone de Acosta e que o jornalista tenta apenas afastar seu braço, ao mesmo tempo em que pede desculpas.

A retirada das credenciais de imprensa de Acosta significou uma escalada nas tensões entre o presidente e a CNN, um canal de televisão por assinatura conhecido por sua cobertura crítica do governo Trump.

A Associação de Correspondentes da Casa Branca (WHCA, na sigla em inglês) comemorou a ação da CNN e disse que "revogar o acesso (de Acosta) à Casa Branca é uma reação desproporcional diante do ocorrido".

"Continuamos pedindo ao governo que reverta sua decisão e restabeleça completamente as credenciais do correspondente da CNN", declarou o presidente da WHCA, Olivier Knox, em um comunicado.

"O presidente dos Estados Unidos não deveria escolher arbitrariamente os homens e mulheres que o cobrem", acrescentou.


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