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Estado de Minas

Filho de testemunha do caso Odebrecht na Colômbia morre envenenado três dias depois do pai

Há indícios de que Alejandro Pizano foi vítima de cianureto, encontrado em garrafa de água que ele bebeu


postado em 14/11/2018 01:38 / atualizado em 14/11/2018 08:42

(foto: Reprodução/Colombiano)
(foto: Reprodução/Colombiano)

O filho de uma testemunha-chave do caso Odebrecht na Colômbia morreu envenenado com cianeto, dias depois do falecimento de seu pai, aparentemente por infarto, informou nesta terça-feira a procuradoria.


Pai e filho morreram entre quinta-feira e domingo, e a autopsia de Alejandro Pizano revelou seu envenenamento.


"As provas (...) indicam que a vítima foi exposta ao cianeto ao beber água em uma garrafa que estava no escritório de seu pai", informou a procuradoria.


Pessoas próximas à família informaram à procuradoria que após beber da garrafa, Pizano disse que sentiu um gosto amargo e minutos depois apresentou uma forte dor estomacal, morrendo a caminho do hospital.


Alejandro acabara de chegar da Espanha para assistir ao enterro de seu pai, Jorge Enrique Pizano, ex-auditor financeiro da empresa associada à Odebrecht para a construção da Estrada do Sol II, que liga o centro ao norte do país.


Jorge Enrique Pizano era uma testemunha-chave do caso envolvendo os subornos pagos pela Odebrecht para conquistar a obra milionária.


O ex-auditor sofria de câncer e sua morte havia sido atribuída a um infarto, mas o envenenamento do filho levou a promotoria a investigar os fatos.


Um canal de notícias revelou na segunda-feira que Pizano deixou informações - para o caso de falecer ou receber proteção no exterior - de que o atual procurador-geral da Nação, Néstor Humberto Martínez, sabia desde 2013, antes de chegar ao cargo, do esquema de corrupção da Odebrecht no país.


Em um vídeo gravado em 9 de agosto, Pizano diz que "os fatos e as verdades estão chegando à tona e mostrando como realmente existe um complô contra minha integridade como pessoa".


Em meados de outubro, o procurador encarregado do caso, Amparo Cerón, sofreu um acidente de trânsito durante suas férias e passou vários dias na UTI, ficando impedido de retornar à investigação.


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