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Estado de Minas

Opep revisa para baixo demanda mundial de petróleo


postado em 13/11/2018 19:33

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou novamente para baixo suas previsões de demanda mundial para 2018 e 2019, preocupada com o excesso de oferta da commodity, e o preço do barril despencou nos mercados.

Em Nova York, o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em dezembro caiu 4,24 dólares, a 55,69, sua maior queda em uma sessão desde setembro de 2015. Nesta terça, o WTI soma 12 sessões seguidas em baixa.

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para janeiro acumulou a sexta queda, recuando 4,55 dólares, a 65,47 dólares. Este é o menor preço desde março.

Em relatório publicado nesta terça-feira (13), a Opep prevê que a demanda mundial crescerá em 1,5 milhão de barris diários (mbd) neste ano, 40 mil barris diários a menos do que nas estimativas do mês passado. A demanda total chegaria a 98,79 mbd.

A revisão em baixa se justifica pela queda da demanda no Oriente Médio e também na China, indica a Opep.

Para o ano que vem, o cartel prevê um crescimento de 1,29 mbd, cerca de 70 mil barris diários a menos que a previsão anterior. A demanda total chegaria a 100,08 mbd.

Acerca da oferta, a produção dos países da Opep alcançou 32,9 mbd em outubro, 127 mil barris diários a mais que no mês anterior, segundo fontes secundárias da organização.

Além disso, o cartel revisou em leve alta a previsão de produção dos países de fora do grupo para 2019 e 2019, graças aos Estados Unidos.

"Embora o mercado tenha alcançado o equilíbrio por ora, as previsões para 2019 sobre o crescimento da oferta de (países) não Opep indicam volumes mais elevados, que superam o aumento da demanda mundial e levam a um excesso do crescimento da oferta no mercado", indicou o cartel em seu relatório mensal sobre o petróleo.

"A recente revisão para baixo das previsões de crescimento econômico mundial e a incerteza associada confirmam a pressão que emerge sobre a demanda de petróleo observada nos últimos meses", observa a Opep.

A Arábia Saudita, maior produtora de petróleo do mundo, defendeu na segunda-feira reduzir a produção mundial em 1 mdb para equilibrar o mercado e controlar a queda dos preços.

Os preços caíram muito desde o começo de outubro. O barril de Brent foi cotado abaixo de 70 dólares nesta sexta-feira pela primeira vez desde abril, quando as sanções americanas ao Irã foram mais leves que o esperado. Nesta terça, às 11h GMT (9h de Brasília), o barril de Brent era vendido a 68,59 dólares.

Riad também anunciou que reduziria sua própria produção e, a partir de dezembro, as exportações - em 500 mil barris ao dia em relação a novembro.

Trump rapidamente reagiu para pressionar a Opep a não reduzir sua produção.

"Espero que a Arábia Saudita e a Opep não reduzam sua produção. Os preços do petróleo deviam estar bem mais baixos, com base na demanda", tuitou o presidente americano.

- Redução na Venezuela -

O relatório da Opep também analisou a situação da Venezuela. A produção do país latino-americano continuou a cair em outubro a 1,171 mdb - 3,3% menos do que em setembro.

Baseado em fontes secundárias do setor, o informe aponta para uma queda de 39% em relação à extração média de 2017 (1,911 mbd).

O volume já era o mais baixo em três décadas - desconsiderando a queda registrada por uma greve no setor entre dezembro de 2002 e fevereiro de 2003.

A consultoria Ecoanalítica estima que a produção poderia cair a 500 mil barris diários em 2019, frente aos 3,2 milhões de 2008.


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