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Manfred Weber é eleito para liderar a direita nas eleições europeias


postado em 08/11/2018 12:24

O alemão Manfred Weber foi nomeado pela direita europeia, nesta quinta-feira (8), para disputar as eleições de maio de 2019, uma posição que abre a possibilidade para que ele se torne o próximo presidente do Executivo comunitário.

Durante um congresso em Helsinque e depois de uma votação de resultado já esperado, o alemão de 46 anos levou 492 dos 619 votos dos delegados do Partido Popular Europeu (PPE), de acordo com os resultados oficiais.

Seu adversário, o finlandês Alexander Stubb, de 50 anos, obteve 127 votos.

Se o PPE continuar a ser a principal força nas eleições europeias em maio, Weber pode vir a substituir o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, embora tenha de obter o apoio de outras siglas políticas para conseguir a nomeação da Eurocâmara.

Weber, um homem discreto e sem grande carisma, conhece com perfeição o funcionamento das instituições europeias.

Em seu último discurso antes da votação, prometeu "construir uma Europa mais unida, mais protetora e mais ambiciosa".

Weber lidera o grupo do PPE no Parlamento Europeu e se apresenta como um moderado capaz de superar as divisões desta legenda.

A posição de presidente da Comissão Europeia está ocupada desde 2004 por um membro do PPE.

As negociações para substituir Juncker, assim como os cargos de presidente do Conselho Europeu, do presidente do Parlamento Europeu, do Banco Central Europeu e do Alto Representante da União Europeia vão começar depois das eleições.

E, nessas negociações, o PPE deve ter um papel fundamental.

O Congresso de Helsinque foi uma demonstração de unidade, apesar das divisões sobre o papel dentro do PPE do líder húngaro Viktor Orban e de seu partido Fidesz, acusados de não respeitarem os valores europeus, especialmente na recepção de migrantes.

Em seu discurso em Helsinque, Orban foi aplaudido por muitos delegados quando ele repetiu que a Europa perderá suas identidades "culturais" sem as nações e também quando condenava a "Europa sem raízes" dos liberais, socialistas e verdes.

Segundo Orban, a democracia liberal fracassou e não pode mais garantir as raízes cristãs de seu país. É por isso que ele defende uma "democracia cristã".

Mesmo sem nomear o líder húngaro, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, criticou-o e foi um dos mais firmes oradores do congresso antes das posições de Orban.

"Não podemos concordar com o argumento de que a proteção efetiva da fronteira europeia, nosso território e nossa identidade significa desafiar as regras da democracia liberal", disse Tusk.

O PPE e os socialdemocratas europeus detêm agora uma maioria de 55% no Parlamento Europeu, mas as pesquisas preveem o fim de seu controle do Parlamento Europeu após as eleições de maio.


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