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Estado de Minas

Pompeo adia reunião de alto nível com representante norte-coreano


postado em 07/11/2018 11:31

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, adiou seu plano de se reunir esta semana com autoridades norte-coreanas de alto escalão, entre elas um dos homens mais próximos do líder Kim Jong-un - informou o Departamento de Estado na terça-feira (6).

Anunciada para esta quinta em Nova York, a reunião do chefe da diplomacia americana com Kim Yong-chol, braço direito de Kim, e com outros funcionários, "agora terá lugar em uma data posterior", diz um comunicado sem dar mais explicações.

"Reprogramaremos para quando nossas respectivas agendas permitirem", anunciou simplesmente a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.

Kim Yong-chol é um interlocutor habitual de Washington desde o reinício do diálogo entre ambos os países. No primeiro semestre já havia tido uma reunião com Pompeo em Nova York, antes de ser recebido pelo presidente americano, Donald Trump, na Casa Branca.

O objetivo dessa próxima reunião é buscar continuar com as discussões sobre a desnuclearização norte-coreana e com a preparação de uma segunda cúpula entre Trump e Kim.

"As discussões em andamento continuam", garantiu Heather Nauert.

"Os Estados Unidos continuam concentrados em cumprir os compromissos assumidos pelo presidente Trump e pelo presidente Kim na cúpula de Singapura em junho", acrescentou a porta-voz.

Questionada pela AFP sobre as razões desse adiamento, ela não quis fazer mais comentários.

Em Seul, o professor Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos Norte-Coreanos, viu um mau sinal no adiamento.

"Este adiamento de último minuto não é um bom sinal, porque indica que as negociações não estão progredindo bem o suficiente para permitir que a reunião aconteça", disse ele.

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul considerou o adiamento "lamentável", mas estimou que as "interpretações excessivamente pessimistas" não são justificadas.

"Houve exemplos no passado de adiamentos de discussões entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte. Então, não há razão para trocar a esperança pela preocupação", afirmou uma autoridade do Ministério.

Em Singapura, durante seu primeiro encontro histórico em junho, o homem forte de Pyongyang prometeu ao presidente americano trabalhar por uma "completa desnuclearização da península coreana".

Mike Pompeo foi então encarregado de negociar, especialmente com Kim Yong-chol, um dos principais líderes da Coreia do Norte, o conteúdo e o calendário desse compromisso ainda vago.

- Ameaça -

No início de julho, o secretário de Estado americano voltou de mãos vazias de uma visita à Coreia do Norte e, no final de agosto, Donald Trump cancelou no último minuto outra viagem planejada a Pyongyang, reconhecendo pela primeira vez a falta de progressos.

Desde então, as negociações pareceram revividas com o anúncio de uma segunda cúpula em um futuro próximo.

"Teremos uma boa oportunidade para continuar as discussões em torno da desnuclearização", disse Mike Pompeo no domingo, anunciando seu encontro com Kim Yong-chol.

"Espero um progresso real, especialmente para que a cúpula entre nossos dois líderes possa ser realizada", acrescentou.

O regime recluso esfriou o clima, porém, ao ameaçar, na semana passada, retomar o desenvolvimento de seu arsenal nuclear, se as sanções que sufocam sua economia não forem levantadas.

Este é o principal obstáculo nessa reaproximação espetacular entre os dois países inimigos, cujos líderes trocaram acusações e ameaças de guerra nuclear há um ano e agora mostram bom entendimento.

Pyongyang, que suspendeu os testes de mísseis e atômicos, mas até agora não tomou medidas consideradas irreversíveis para desmantelar seu programa nuclear, exige que a contraparte americana continue avançando.

Os norte-coreanos esperam, principalmente, um relaxamento das sanções internacionais, com o apoio mais ou menos explícito de Rússia e China, bem como da Coreia do Sul, aliada aos Estados Unidos, mas cujo presidente Moon Jae-in está determinado a virar a página das tensões.

Washington promete manter a pressão econômica, enquanto a desnuclearização não for "final e totalmente verificada".


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