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Estado de Minas

Americanos saem para votar em massa a favor ou contra Trump


postado em 06/11/2018 19:15

Andrew Menck não se incomodou em votar nas últimas sete eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, e nesta terça-feira (6) aguardou pacientemente na fila em seu distrito em Chicago para expressar o seu descontentamento com a presidência de Donald Trump.

"Não estou de acordo com as ações do presidente", diz. Para este eleitor de 34 anos, que afirma ser politicamente independente, essas votações são um referendo sobre Trump, apesar de seu nome não estar na cédula.

"Não sei se está realmente prestando contas. Os republicanos controlam a Câmara de Representantes e o Senado", assinala Menck, que espera ajudar a reverter a tendência no Congresso para criar um verdadeiro contrapoder.

Menck é um dos milhões de americanos que votava nesta terça nas eleições legislativas e de cargos executivos locais e estaduais, primeiro teste eleitoral do polêmico governo Trump.

A alta taxa de participação de forma adiantada - ao menos 38 milhões votaram antecipadamente, 40% a mais do que em 2014, segundo especialistas - faz pensar que o fluxo de eleitores não será afetado pelas fortes chuvas no leste do país.

No colégio eleitoral de Menck, no coração de Chicago, reduto democrata que serviu de trampolim para o ex-presidente Barack Obama, as filas se formaram muito antes da abertura das urnas, às 06h00 (09h00 de Brasília).

"A mensagem que vou passar é que não aprovo como este presidente está liderando o nosso país", afirma Rory Mabin, de 34 anos, uma democrata que sempre vota nas eleições de meio de mandato. "Não gosto de ir ao exterior e ficar envergonhada ao dizer que sou americana".

Contudo, James Gerlock, um republicano de 27 anos, se disse contente com o crescimento econômico que Trump proporcionou e quer que continue: "Gosto da desregulação".

- 'Eu votei' -

Jerry, um aposentado de 64 anos que nunca havia votado em eleições de meio de mandato, chegou antes do amanhacer para evitar multidões.

"Os democratas enlouquecerem", diz este republicano. "Ouvi que queriam dar o direito de votar aos imigrantes" em situação ilegal", comenta sobre este boato infundado.

Em Downers Grove, nos arredores de Chicago, um colégio eleitoral reportou o dobro de eleitores que nas presidenciais. Também em Maryland a participação foi "surpreendente" e poderia superar a das presidenciais, disse um funcionário eleitoral do condado de Montgomery.

"As pessoas saíram, fizeram outras coisas para se fazerem ouvir, mas esta é a primeira oportunidade que têm para fazer de sua voz seu voto", disse Diane Vogel em Arlington, na Virgínia. "Tenho a esperança de que seja a maior participação de eleições de meio de mandato".

Entre os muitos eleitores no Museu do Brooklyn, em Nova York, o publicitário Gilad Foss mostrou um senso de urgência: "Sinto que os valores democráticos do país estão sendo atacados. É por isso que votar é extremamente importante".

Do outro lado do rio, em Manhattan, a estudante Ayla Jeddy votou depois de completar 18 anos em setembro, bem a tempo de se registrar.

"Ontem à noite pesquisei sobre todos os candidatos e votei naqueles que se opuseram às políticas mais notórias (de Trump): suas políticas de imigração (...) e sua atitude com as mulheres em geral", assegura, mostrando orgulhosamente o adesivo de "Eu votei" em sua jaqueta.

- 'Muita gente gosta dele' -

Também Brett, de 19 anos, votou pela primeira vez, mas em Miami. Sem saber o nome do candidato a governador a quem havia dado seu apoio, não escondeu seu entusiasmo por Trump.

"Realmente não conheço o governador, mas o presidente, sinceramente, adoro a personalidade dele e adoro o tipo de pessoa que ele é", declarou. "Amo como ele é em geral. É um homem de negócios. Muita gente gosta dele (...) Sinceramente, acredito que este país está indo bem econômica e politicamente".

Em Atlanta, Lia Koski sabe muito bem em que votou na disputa pelo governo da Geórgia: Stacey Abrams, de 44 anos, ex-líder da minoria democrata na Câmara de Representantes do estado, que pode fazer história se vencer o republicano Brian Kemp.

"Eu queria muito votar na primeira governadora afro-americana", afirmou Koski sobre Abrams, que tem o apoio de Oprah Winfrey e outras celebridades.

Outra disputa acompanhada atentamente ocorre no Texas, onde o representante democrata pró-imigração Beto O'Rourke tenta desbancar no Senado o republicano Ted Cruz.

"Com todos os problemas do país e a energia negativa que vem de Washington e deste presidente, é ótimo ver alguém como Beto, que tem muita energia, grande entusiasmo, uma grande mensagem positiva", disse Carlos Gallinar em El Paso.


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