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Estado de Minas

Juiz que mandou Keiko Fujimori à prisão reinicia audiência contra assessores


postado em 05/11/2018 21:24

O juiz peruano Richard Concepción Carhuancho, que na semana passada enviou Keiko Fujimori à prisão preventiva por acusações de receber contribuições ilegais da empreiteira Odebrecht, reiniciou nesta segunda-feira (5) a audiência contra os assessores da líder opositora.

O juiz ouviu por cinco horas os argumentos do procurador e da defesa jurídica de Augusto Bedoya Cámere, fundador do partido fujimorista Força Popular, antes de suspender a audiência até terça-feira às 09h00 locais (12h00 de Brasília).

Na audiência foi analisada a situação judicial de Bedoya Cámere que junto com outro dirigente, Jaime Yoshiyama, são acusados de receber um milhão de dólares da Odebrecht para a campanha eleitoral de Keiko Fujimori em 2011, segundo o procurador José Domingo Pérez.

Pérez solicitou 36 meses de prisão preventiva para Bedoya, por considerar que depois de receber dinheiro da Odebrecht, o dirigente teria recorrido aos seus familiares, amigos e sócios para ocultar a procedência do dinheiro ilícito.

Mas Bedoya negou ter recebido dinheiro da empreiteira. "José Barata (ex-diretor da Odebrecht em Lima) mente, nunca recebi dinheiro, não existem provas", assinalou.

Durante a audiência, o procurador anunciou que há uma nova testemunha protegida no caso contra Keiko Fujimori e outros 10 investigados que confirmaria a captação de pessoas para ocultar a procedência do dinheiro.

A audiência foi retomada nesta segunda depois que, na quarta-feira, após a sentença a Keiko, o juiz ordenou uma pausa longa a fim de que o procurador e a defesa dos investigados pudessem trabalhar os casos.

Segundo o procurador, dentro do partido de Keiko Fujimori "havia uma organização de fato", que manejou as contribuições ilegais de campanha, e da qual Bedoya faz parte.

Bedoya foi secretário nacional de Economia do partido fujimorista Força 2011 (antecessor do Força Popular) até 27 de abril de 2014.

No total, a juíza Concepción Carhuancho avaliará se aceita o pedido do procurador para de 36 meses de prisão preventiva a 11 dirigentes e membros fujimoristas.

Ao ordenar na quarta-feira a prisão preventiva por 36 meses para Keiko, de 43 anos, o juiz assinalou em sua decisão que era "a única medida necessária em seu caso", citando atos de interferência da líder opositora nos poderes do Estado, como o Congresso, e tentativas de obstruir a Justiça.

O magistrado indicou que havia uma "suspeita grave" de que Keiko dirigia uma "organização criminosa de fato dentro do partido" fujimorista.

Na quinta-feira, a líder opositora peruana foi transferida a uma prisão de Lima.

Além de Keiko Fujimori, até agora o juiz avaliou a situação jurídica das figuras fujimoristas Ana Herz, Vicente Silva Checa, Pier Figari e Jaime Yoshiyama.


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