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Estado de Minas

Trump é onipresente a dois dias das legislativas nos EUA


postado em 04/11/2018 21:51

O presidente americano, Donald Trump, continuava neste domingo seu giro pelo país para tentar impedir uma vitória democrata nas eleições de metade de mandato, na próxima terça-feira, enquanto seu antecessor, Barack Obama, convocava uma rebelião contra as mentiras dos republicanos.

"Esses republicanos mentem de forma flagrante, repetida, ousada, vergonhosa. Inventam qualquer coisa", denunciou Obama em um ato de apoio ao candidato democrata ao Senado pelo estado de Indiana.

"Ao contrário de outras pessoas, eu não invento nada quando falo, falo com base em fatos", ironizou, sem citar o nome daquele que o substituiu na Casa Branca.

"Tem que haver consequências para as pessoas que não dizem a verdade", assinalou, citando o que chamou de mentiras dos republicanos sobre o sistema de saúde e as caravanas de migrantes denunciadas por Trump.

O atual presidente chegava no mesmo momento à Geórgia, para apoiar o candidato ao governo daquele estado. Obama o antecedeu na última sexta-feira, para apoiar a candidata democrata.

"É uma das eleições mais importantes da nossa vida. Não tanto quanto a de 2016, mas quase", assinalou Trump ao iniciar seu discurso. "Nunca vi tanta energia no ambiente desde a vitória de 2016."

As caravanas de migrantes que cruzam o México rumo aos Estados Unidos estão no centro de seus discursos há semanas. "Não deixemos essa gente invadir o país", repetiu hoje, voltando a afirmar que uma vitória democrata nas legislativas representaria um voto em favor da criminalidade.

- 'Dois dias para bloquear Trump' -

Nunca tanto dinheiro foi usado em uma votação de metade de mandato, gerando uma avalanche de anúncios em TV, rádio e internet.

Em um ou outro lado, foram gastos mais de 5 bilhões de dólares para influenciar o voto dos americanos, superando em 35% o recorde anterior, estabelecido em 2014, segundo o site especializado Opensecrets.org.

A oposição sabe que a história destas eleições costuma ser fatal para o partido no poder, e espera um voto ainda mais categórico contra Donald Trump, que vários deputados e candidatos acusam abertamente de mentir, enterrar o sistema de seguro social e dar rédeas soltas à extrema direita.

Barack Obama em 2010; George W. Bush em 2006; Bill Clinton em 1994 e Ronald Reagan em 1986: todos perderam a maioria na Câmara dos Representantes, cujas 435 cadeiras serão integralmente renovadas por dois anos.

Mas a disputa é muito diferente entre as duas câmaras do Congresso. Na dos Representantes, onde os democratas devem tomar 23 cadeiras dos republicanos para formarem a maioria, as pesquisas os favorecem em nível nacional.

Já no Senado, onde apenas 35 das 100 cadeiras estão em disputa para mandatos de seis anos, os republicanos levam vantagem, porque as eleições acontecerão principalmente em estados conservadores.

Segundo Trump, uma derrota na Câmara dos Representantes se explicaria pelo fato de que ele não pode fazer campanha fisicamente com cada candidato. "Posso ajudar os senadores, e acho que ajudei bem cinco, seis ou sete deles", comentou.

"Não apenas iremos conservar a maioria, mas também iremos reforçá-la", afirmou o senador republicano Thom Tillis ao canal de TV Fox News neste domingo. "Será uma grande noite."

Os Estados Unidos poderão amanhecer em 3 de janeiro de 2019 com um Congresso dividido entre os dois partidos. Este cenário é suficiente para colocar travas no chefe do Executivo, que verá sua agenda legislativa completamente bloqueada durante os 22 meses anteriores à próxima eleição presidencial, em novembro de 2020.

"Temos dois dias para reequilibrar o poder, dois dias para mudar o Congresso, dois dias para bloquear Trump, dois dias para retomar o controle do nosso país", assinalou hoje o senador democrata por Nova Jersey, Bob Menendez.


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