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Estado de Minas

Guia supremo iraniano critica Trump antes da entrada em vigor de novas sanções


postado em 03/11/2018 09:12

A dois dias da entrada em vigor das novas sanções americanas, o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, acusou neste sábado o presidente Donald Trump de "desacreditar" os Estados Unidos.

Seis meses depois de deixar o acordo nuclear internacional iraniano concluído em 2015, os Estados Unidos confirmaram que vão restabelecer na segunda-feira as mais duras sanções contra Teerã, visando particularmente os setores do petróleo e bancário do país.

Adotando uma política hostil em relação ao Irã desde sua ascensão ao poder, Trump, para quem o acordo nuclear é ruim, impôs em agosto um primeiro conjunto de sanções econômicas contra Teerã.

A União Europeia, a França, o Reino Unido e a Alemanha, signatários com a China e a Rússia do acordo escrito para impedir o Irã de adquirir a bomba atômica, disseram que lamentam a decisão americana. Todas as sanções haviam sido suspensas como parte do acordo nuclear.

"Este novo presidente americano (...) desacreditou o que restava do prestígio dos Estados Unidos e da democracia", disse o aiatolá Khamenei em sua conta no Twitter. "O poder de coerção dos Estados Unidos, usando seu poder econômico e militar, também está diminuindo", acrescentou.

"A disputa entre os Estados Unidos e o Irã dura 40 anos e os Estados Unidos agiram muitas vezes contra nós", disse ele, denunciando "uma guerra militar, econômica e midiática".

Segundo o guia iraniano, "nesta disputa, os perdedores são os Estados Unidos e o vencedor é a República Islâmica".

Os dois países não mantém relações diplomáticas desde 1980.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, arquiteto do acordo nuclear, começou uma tímida reaproximação com o governo americano de Barack Obama com a assinatura do texto histórico que encerrou anos de isolamento do Irã. Mas a eleição de Trump mudou a situação.

Washington não esconde a sua intenção de reproduzir a estratégia utilizada com a Coreia do Norte, pois seu líder, Kim Jing Un, se comprometeu com a "desnuclearização" depois de uma reunião histórica com Trump, cujo contexto era uma escalada verbal e o reforço das sanções internacionais.

O presidente republicano repete que está disposto a se reunir com dirigentes iranianos.

Desde 24 de outubro, o Departamento de Estado americano publica no Twitter as 12 condições de Washington para um "acordo global" com o Irã.

Entre elas destacam-se restrições mais firmes e duradouras sobre o programa nuclear, assim como o fim da proliferação de mísseis balísticos e de atividades consideradas "desestabilizadoras" de Teerã em países vizinhos.

Para obrigá-lo a cumprir as suas condições, o governo americano pretende impor as sanções "mais fortes da história", pois são esperadas novas medidas punitivas nos próximos meses.

Embora as principais grandes empresas estrangeiras tenham optado por abandonar o Irã, o efeito da proibição de exportar o petróleo iraniano, fonte-chave de renda para Teerã, continua sendo difícil de avaliar.

As novas sanções preveem punição, impedindo o acesso ao mercado americano, a todos os países ou empresas que continuarem comprando petróleo ou fazendo negócios com os bancos da República Islâmica.

Além disso, o Departamento do Tesouro pedirá que o Irã saia do circuito bancário internacional Swift e anunciou que adicionou 700 pessoas e entidades à lista de alvos das sanções.

"O objetivo é privar o regime das receitas que ele usa para semear a morte e a destruição em todo o mundo", declarou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

Oito países serão autorizados a continuar a comprar petróleo iraniano por ao menos seis meses. A listas desses países será anunciada na segunda-feira.


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