O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, qualificou nesta sexta-feira de "criminosas e loucas" as sanções impostas pelos Estados Unidos contra suas exportações de ouro, afirmando que prejudicam mais o empresariado do que o Estado.
"Se alguém está sendo prejudicado por estas sanções criminosas e loucas que de vez em quando o governo dos Estados Unidos adotam contra Venezuela é o setor privado, os empresários, que são perseguidos, têm suas transações bloqueadas", declarou Maduro em discurso no canal estatal VTV.
"São loucos, dementes, talvez seja preciso um psiquiatra como Jorge Rodríguez - ministro da Comunicação de Maduro - para entender as decisões dos Estados Unidos".
Na quinta-feira, os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre a Venezuela ao anunciar sanções contra as exportações de ouro, acusando o país de ser, junto com Cuba e Nicarágua, uma "troika da tirania".
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, disse que as novas sanções irão atingir o setor do ouro, que "foi utilizado como um reduto para financiar atividades ilícitas, encher seus cofres e apoiar grupos criminosos".
A Casa Branca publicou o decreto na quinta e Bolton explicou que as sanções entraram em vigor de forma imediata e que irão supor um peso "insuportável" para o governo venezuelano.
As novas sanções se somam à proibição de Venezuela e sua petroleira estatal PDVSA negociarem dívida nos Estados Unidos, o que, na prática, fecha o mercado ao país, além de restrições que afetam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sua esposa, vários ministros e líderes chavistas.