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Estado de Minas

Europa dá veredicto sobre resistência de seus bancos


postado em 02/11/2018 15:35

Os reguladores bancários europeus revelaram nesta sexta-feira (2) os resultados de seus "testes de resistência" das entidades do continente, que tinham que demonstrar se são capazes de superar um cenário de crise.

Os bancos britânicos e alemães seriam os que mais sofreriam em caso de uma crise econômica na Europa, anunciou nesta sexta-feira a Autoridade Bancária Europeia (ABE) ao apresentar os resultados de seus testes.

A situação dos bancos italianos, já em dificuldades durante a última leva de testes, em 2016, foi observada muito de perto.

Já os espanhóis, ao contrário, superaram com bom nota os testes.

Em termos gerais, os bancos europeus se encontram em melhor situação do que nos anos anteriores.

- Quais entidades foram analisadas?

A ABE, com sede em Londres, e o Banco Central Europeu (BCE), en Frankfurt, publicaram o veredicto da última campanha de testes. No total, 48 entidades de 14 países da União Europeia (UE) e Noruega foram interpeladas. Delas, 37 analisadas diretamente pelo supervidor europeu (MSU), no seio do BCE, que representa 70% dos ativos bancários na zona do euro.

A amostra conta com oito bancos alemães, seis franceses, quatro italianos, quatro britânicos e quatro espanhóis.

Entre as entidades financeiras pior classificadas pelos "testes de estresse" europeus estão três grandes bancos britânicos - Lloyds Banking Group, Barclays e Royal Bank of Scotland (RBS) -, além do Deutsche Bank e de dois bancos regionais alemães. Além dos italianos BPM e UBI, e do francês Société Générale, que tampouco superaram bem o exame.

Já os espanhóis que se saíram bem, na ordem de sua capacidade, estão: Santander, BBVA, Caixa Bank e Sabadell.

- Como os testes funcionam?

Com base nos balanços do final de 2017, os bancos enfrentam uma queda de 2,7% do PIB europeu entre 2018 e 2020, juntamente com um aumento da taxa de desemprego de 3,3 pontos, devolvendo este último à situação de 2009, durante a crise financeira.

Foram integrados os riscos econômicos relacionados ao Brexit, especialmente o impacto nas trocas comerciais e nos mercados financeiros. Também avaliaram a queda nos preços dos imóveis, perdas significativas nas obrigações do Estado e sanções financeiras pelo desvio por diretores de bancos.

Uma nova regra contábil também foi levada em conta, o que obriga os bancos a integrar mais rápido em seu balanço possíveis perdas nos créditos ou em outros ativos financeiros de risco.

- Que consequências terão?

Como em 2016, não haverá nenhum banco "aprovado" ou "suspenso". Não quiseram fixar um limite arbitrário de capital a ser atingido uma vez superado o teste. Estes "servirão como diagnóstico e poderão, em alguns casos, acelerar medidas corretivas", explicou a federação alemã BdB.

Se existirem bancos que demonstrarem uma forte deterioração na relação de fundos próprios, com amortecedores regulamentares de segurança, o supervisor os levará em conta para calibrar as necessidades de capital suplementar, sem automatismos.


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