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Estado de Minas

Déficit comercial americano aumenta em setembro e é recorde com a China


postado em 02/11/2018 12:47

O déficit comercial dos Estados Unidos voltou a aumentar em setembro, sob efeito de um déficit recorde com a China, apesar das tarifas adotadas pela administração de Donald Trump para tentar atenuá-lo.

Segundo relatório do Departamento do Comércio divulgado nesta sexta-feira, o déficit de bens e serviços ficou em 54 bilhões de dólares, com exportações em alta de 1,5% a 212,6 bilhões de de dólares e importações igualmente crescentes (+1,5%), a 266,6 bilhões.

O déficit de produtos com Pequim (+8,8%) registrou o maior nível na história, a 37,4 bilhões de dólares.

Este saldo negativo sem precedentes para os Estados Unidos com a China ocorre em meio a uma verdadeira guerra comercial entre os dois países com a adoção de tarifas mútuas e que tem gerado grande preocupação na economia mundial.

Neste contexto de tensão, o presidente Trump e o chinês Xi Jinping anunciaram na quinta-feira o restabelecimento do diálogo e uma provável reunião no final do mês parar tentar resolver esse delicado assunto.

No mês de setembro, os consumidores americanos optaram particularmente pelas roupas, jogos e aparelhos de telefone do gigante asiático, enquanto que as empresas adquiriram mais computadores e acessórios de informática, assim como equipamentos de telecomunicações e motores para a aviação civil.

No acumulado desde o início do ano, o déficit comercial dos Estados Unidos registrou aumento de 10,1%, para 445,160 bilhões, informou o Departamento de Comércio.

O déficit de setembro é maior do que o esperado, já que os analistas esperavam que atingisse 53,4 bilhões de dólares.

Enquanto as exportações do setor de aviação civil, um dos principais setores da economia americana, aumentaram 1,2 bilhão de dólares, as vendas externas de alimentos e bebidas caíram 1 bilhão.

Da mesma forma, as exportações de soja diminuíram novamente, punidas pelo conflito comercial entre Washington e Pequim, principal comprador da soja norte-americana.

A China impôs tarifas adicionais sobre o produto em retaliação às taxas impostas pelos Estados Unidos aos produtos chineses.

O presidente dos Estados Unidos exige que a China encerre com suas práticas comerciais consideradas "injustas", e pede uma maior abertura do mercado chinês aos produtos americanos, bem como o fim da "transferência forçada de tecnologias" e dos subsídios a certas indústrias estratégicas.

Na quinta-feira, Trump afirmou em seu Twitter que conversou com seu colega chinês sobre o comércio.

"Recentemente tive uma conversa muito boa com o presidente Xi Jinping da China. Falamos de muitos tema, com destaque para o comércio", afirmou.

"Estas discussões estão avançando muito bem, a par das reunião que estão sendo programadas para o G20 na Argentina", acrescentou Trump, falando sobre o encontro programa para o final do mês.

Por sua vez, o presidente chinês se declarou "muito contente" por ter conversado novamente com Trump e afirmou que dá uma "grande importância às boas relações com o presidente" americano, segundo a agência oficial Xinhua.

Xi Jinping também declarou que deseja se encontrar com Trump na cúpula do G20 em Buenos Aires, no final de novembro.


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