Ao menos 19 advogados e militantes dos direitos humanos, sendo oito mulheres, foram detidos no Egito, denunciou nesta quinta-feira a Anistia Internacional.
Estas prisões de defensores dos direitos humanos levaram à ONG local Comissão Egípcia dos Direitos e Liberdades (ECFR) a suspender suas atividades, invocando o "clima hostil" em relação à sociedade civil que prevalece no Egito atual, acrescenta a Anistia.
Entre as pessoas detidas estão Hoda Abdelmoneim, advogada de 60 anos que integrou o Conselho Nacional de Direitos Humanos, cuja residência foi invadida e saqueada pelas forças de segurança, segundo a ONG.
O advogado Abdel Moneim Abdel Maqsoud informou a detenção, na manhã desta quinta-feira, de oito mulheres e três homens ligados à Irmandade Muçulmana, incluindo a filha de Mohamed Jairat al Shater, um dos líderes da organização.
Segundo a mesma fonte, duas das mulheres detidas - Aisha Jairat al Shater e a advogada Hoda Abdelmoneim - são ativas na defesa dos direitos humanos.
O marido de Aisha, Mohamed Abu Horayra, um advogado que se apresenta como defensor dos direitos humanos, também foi preso, assim como outros dois homens ligados à Irmandade.
Após um ano no poder no Egito, o presidente Mohamed Mursi, ligado à Irmandade Muçulmana, foi derrubado pelo Exército em 2013.