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Estado de Minas

Diplomatas cubanos boicotam sessão na ONU sobre prisioneiros na ilha


postado em 16/10/2018 19:00

Com gritos, batendo nas mesas com mãos e livros grossos, cerca de quinze diplomatas de Cuba boicotaram nesta terça-feira (16) uma sessão convocada pelos Estados Unidos para expor a situação de cerca de 130 presos políticos na ilha.

"Cuba sim, bloqueio não!", gritaram os diplomaras por uma hora na sessão do Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc), intitulado "Prisioneiros por que?", impedindo o representante dos EUA do Ecosoc, Kelley Currie e o chefe da OEA, Luis Almagro, de serem ouvidos.

Os seguranças da ONU pediram a alguns diplomatas que usavam um livro grosso e um martelo de madeira para fazer mais barulho que parassem, mas eles não foram retirado da sessão.

"Se os diplomatas cubanos se comportam assim, vocês podem imaginar como se comporta o governo", acrescentou.

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba afirmou em um comunicado divulgado em seu site que o evento tinha como objetivo "a fabricação de pretextos para manter e intensificar o bloqueio".

"O governo dos Estados Unidos não tem autoridade moral para criticar Cuba", ressaltou.

Em duas semanas, será votada na ONU uma resolução que solicita a suspensão do bloqueio que Washington aplica à ilha desde 1962. Essas resoluções contra o bloqueio contam com um majoritário apoio internacional.

A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), uma organização dissidente tolerada em Cuba, divulgou em junho uma lista de 120 prisioneiros "por razões políticas" na ilha.

O governo cubano nega categoricamente a existência de presos políticos em seu país e aponta que as pessoas na prisão foram condenadas por crimes comuns.

Nesta terça-feira, o opositor cubano Tomás Núñez Magdariaga, que fazia greve de fome em protesto pela condenação a um ano de prisão por supostamente agredir um oficial, foi libertado pelas autoridades.

"Foi libertado e agora viajo para visitá-lo", disse por telefone à AFP José Daniel Ferrer, secretário-executivo da União Patriótica de Cuba (Unpacu) na madrugada desta terça-feira.

Segundo uma nota à imprensa da Unpacu, Núñez, que na segunda-feira completou 62 dias de greve de fome e estava recluso em uma sala penal de um hospital de Santiago de Cuba (sudeste), foi colocado em "liberdade absoluta". Para a Unpacu, a decisão de soltar o opositor foi motivada por uma sólida campanha internacional a seu favor.

"Porque se não fosse a campanha que meus irmãos e vocês fizeram para mim principalmente nos Estados Unidos, não me soltariam", disse Núñez citado na nota da Unpacu. "Peço às Nações Unidas que continue lutando por nossos irmãos que estão em prisões", acrescentou Núñez.


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