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Estado de Minas

Corte turca concede liberdade a pastor americano e Trump comemora


postado em 12/10/2018 12:36

O pastor americano Andrew Brunson foi libertado nesta sexta-feira, depois de passar dois anos na prisão - um caso que provocou uma crise diplomática entre Ancara e Washington.

O tribunal turco de Aliaga (oeste) condenou Brunson nesta sexta-feira a três anos e um mês de prisão, mas permitiu que seja colocado em liberdade levando em conta os dois anos que passou atrás das grades e seu bom comportamento.

O tribunal também levantou a prisão domiciliar e a proibição de viajar a que estava submetido.

O pastor já foi liberado e anunciou que em breve voltará para os Estados Unidos.

"Nossa família estava rezando por este dia. Estou encantado de estar a caminho de casa, nos Estados Unidos", disse Brunson em comunicado.

Em agosto, a situação levou a um colapso da lira turca, a moeda nacional, e revelou as fragilidades da economia turca.

Em uma reação imediata à notícia, o presidente americano Donald Trump declarou esperar que o pastor Brunson possa "voltar para casa em breve".

"Meus pensamentos e orações estão com o Pastor (Andrew) Brunson, e esperamos tê-lo em segurança de volta para casa em breve!" Trump disse no Twitter, pouco depois de postar que ele estava "trabalhando muito duro" no caso.

O pastor foi condenado à prisão após ser considerado culpado de "apoiar organizações terroristas", neste caso o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, separatistas curdos) e a rede de Fethullah Gülen, do pregador acusado por Ancara de orquestrar o fracassado golpe de julho de 2016.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, desencadeou uma campanha de prisões especialmente contra a rede de Fethullah Gülen, um pregador exilado nos Estados Unidos, acusado de ser o organizador do golpe.

Estabelecido na Turquia há cerca de 20 anos, o pastor estava à frente de uma pequena igreja protestante em Izmir. Ele negou todas as acusações de atividades "terroristas" que pesam sobre ele.

Em julho passado, havia sido colocado em prisão domiciliar.

O canal de notícias NBC, que citou duas autoridades americanas, disse na quinta-feira que o pastor Brunson seria libertado depois de um acordo entre Ancara e Washington, que implicava uma "redução da pressão econômica na Turquia".

Interrogada sobre o assunto, a porta-voz da diplomacia americana Heather Nauert afirmou que não sabia nada sobre um acordo nesse sentido.

O caso de Brunson também foi usado pelos conservadores cristãos americanos, a importante base eleitoral de Trump, que chamou Brunson de "um maravilhoso pastor cristão" e "refém patriota".

Depois que a corte se recusou a libertar o pastor em uma audiência em julho, Washington levantou o tom e impôs uma série de sanções contra a Turquia.

Em 10 de agosto, Washington dobrou as tarifas de aço e alumínio da Turquia, que, por sua vez, adotou medidas de retaliação.

- Otimismo prudente -

Nas últimas semanas, a Turquia e os Estados Unidos mostraram sua disposição de reduzir as tensões. O chefe da diplomacia americano, Mike Pompeo, disse que esperava a libertação de Brunson.

Erdogan disse que queria "resolver os problemas com os Estados Unidos o mais rápido possível", embora tenha criticado uma abordagem de impor sanções contra a Turquia sob o pretexto de um pastor julgado por suas relações obscuras com grupos terroristas.

Além do caso de Brunson, os Estados Unidos denunciam a detenção de vários americanos na Turquia, incluindo Serkan Gölge, um cientista da Nasa, além de dois funcionários turcos de missões diplomáticas americanas.

Outro caso que alimenta a tensão entre os dois países é o do banco público turco Halkbank, cujo ex-vice-gerente geral, Mehmet Hakan Atilla, foi sentenciado em maio por um tribunal americano a 32 meses de prisão, culpado, segundo a justiça, por não respeitar as sanções americanas contra o Irã.

Os Estados Unidos poderão impor uma multa colossal ao Halkbank, uma perspectiva que preocupa o poder turco, que, segundo a imprensa, desejaria chegar a um acordo assim que Brunson for libertado.


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