O tribunal turco de Aliaga (oeste) condenou nesta sexta-feira a três anos e um mês de prisão ao pastor americano Andrew Brunson, mas permitiu que seja colocado em liberdade levando em conta os dois anos que passou entre as grades e seu bom comportamento, informou um correspondente da AFP presente no local.
O tribunal também levantou a prisão domiciliar e a proibição de viajar a que estava submetido Brunson, cujo caso provocou uma crise diplomática entre Ancara e Washington.
Em agosto, a situação levou a um colapso em agosto da libra esterlina, a moeda turca, e revelou as fragilidades da economia turca.
Em uma reação imediata à notícia, o presidente americano Donald Trump declarou esperar que o pastor Brunson possa "voltar para casa em breve".
"Meus pensamentos e orações estão com o Pastor (Andrew) Brunson, e esperamos tê-lo em segurança de volta para casa em breve!" Trump disse no Twitter, pouco depois de postar que ele estava "trabalhando muito duro" no caso.
O pastor foi condenado à prisão após ser considerado culpado de "apoiar organizações terroristas", neste caso o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, separatistas curdos) e a rede de Fethullah Gülen, do pregador acusado por Ancara de orquestrar o fracassado golpe de julho de 2016.
Estabelecido na Turquia há cerca de vinte anos, o pastor estava à frente de uma pequena igreja protestante em Izmir. Ele negou todas as acusações de atividades "terroristas" que pesam sobre ele.