Quatro militares venezuelanos foram libertados nesta quinta-feira após cumprirem pena por participar de um suposto plano para derrubar o presidente Nicolás Maduro em 2015, informaram seus defensores.
Um dos antigos oficiais, Ricardo Antich, cumpriu a totalidade da pena, enquanto os demais tiveram redução por admitirem sua participação no complô, disse à AFP o advogado Alonso Medina Roa.
"Jamais deveriam ter sido presos", declarou no Twitter a ONG Foro Penal, dedicada à defesa dos presos, ao confirmar a libertação de Antich e dos antigos tenentes Pitter Moreno, Luis Lugo e Carlos Esqueda, "condenados pelo suposto golpe azul".
Por este caso, cinco militares e três civis foram condenados a penas de entre três e dez anos de prisão.
Maduro denunciou em fevereiro de 2015 um "plano golpista" promovido por setores da oposição e financiado pelos Estados Unidos, que chamou de "golpe azul", em referência à cor do uniforme da aviação militar venezuelana.
O departamento americano de Estado qualificou então de "ridículas" as acusações.
O Foro Penal afirma que há 67 membros da Força Armada presos por razões políticas, enquanto o especialista em temas militares Rocío San Miguel, da ONG Controle Cidadão, informa cerca de 250 detenções de militares no último ano e meio.