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Estado de Minas

Secretário de Estado americano e líder norte-coreano acordam nova cúpula


postado em 07/10/2018 22:30

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, concordou em participar de uma segunda cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o mais cedo possível, anunciou neste domingo (7) o secretário de Estado americano Mike Pompeo.

O chefe da diplomacia americana reuniu-se com o dirigente norte-coreano durante umas duas horas, antes de diriger-se a Seul, no âmbito de uma visita asiática que começou no Japão e o levará também à China.

Pompeu afirmou em Seul que "acordou com o líder Kim uma segunda cúpula entre Estados Unidos e Coreia do Norte o quanto antes", afirmou um comunicado da Presidência sul-coreana.

A primeira cúpula entre o presidente americano, Donald Trump, e Kim aconteceu em junho, em Singapura. Naquela ocasião Kim se comprometeu a avançar na desnuclearização da península coreana.

Em Seul para reunião com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, Pompeo evocou uma "conversa produtiva" com Kim, que marca "um novo passo à frente".

"Continuamos avançando sobre o que foi acordado na cúpula de Singapura", tuitou o secretário de Estado antes.

Já Kim elogiou "um bom encontro". "Foi um dia muito bom que promete um bom futuro (...) para os dois países".

Segundo a agência oficial de notícias norte-coreana KCNA, Kim aproveitou sua reunião com Pompeo para expressar "sua gratidão com o presidente Trump por seus esforços sinceros" para aplicar o acordo de Singapura.

Esta viagem é a quarta visita do secretário de Estado americano e acontece num momento em que um possível acordo histórico entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte toma forma.

As relações entre Washington e Pyongyang sofreram altos e baixos desde a cúpula de Singapura, criticada porque só deu lugar a compromissos vagos de Kim a favor da desnuclearização da península coreana.

Em visita anterior, em julho, Pompeo relatou avanços, mas Pyongyang condenou os "métodos de gangster" dos americanos, acusados de exigir seu desarmamento unilateral sem fazer concessões.

Donald Trump cancelou uma viagem anterior a Pyongyang de seu chefe de diplomacia depois de julgar insuficientes os progressos norte-coreanos.

Mas o presidente dos Estados Unidos garantiu em setembro ter "se apaixonado" pelo homem forte de Pyongyang, que teria lhe escrito "cartas preociosas".

Em Seul, o presidente Moon, que já se reuniu com seu homólogo norte-coreano três vezes este ano e ajudou a organizar a primeira cúpula Kim-Trump, lembrou no domingo que "o mundo inteiro" está acompanhando a turnê de Pompeo com grande interesse.

"Espero que a sua viagem à Coreia do Norte e a próxima cúpula norte-coreana-americana proporcionem uma oportunidade para alcançar progressos irreversíveis e decisivos sobre a desnuclearização e o processo de paz na península coreana", acrescentou.

- Diminuir a pressão? -

Segundo analistas, é possível que Washington afrouxe o laço, num momento em que China, Rússia e Coreia do Sul defendem a redução das sanções.

"A Coreia do Norte deu alguns passos em direção à desnuclearização e os Estados Unidos vão se expor às críticas da comunidade internacional, se continuarem a exigir a desnuclearização sem a retirada das sanções", considerou Yang Moo-jin, professor da Universidade de Estudos Norte-coreanos de Seul.

A visita do diplomata americano a Tóquio no sábado visava tranquilizar seu aliado japonês e incluí-lo no processo de negociação.

Estados Unidos e Japão têm uma "visão totalmente coordenada e unificada sobre como proceder, o que será necessário, se quisermos desnuclearizar com sucesso a Coreia do Norte", afirmou Pompeo ao lado do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

O Japão é historicamente a favor de uma linha dura em relação a Coreia do Norte e insiste em manter a pressão sobre o regime norte-coreano, que disparou em várias ocasiões mísseis sobre o território japonês e ameaçou exterminá-lo.

Na segunda-feira, Pompeu seguirá para Pequim, para uma visita que se anuncia tensa, dias depois de um discurso contundente do vice-presidente Mike Pence, que acusou a China de agressão militar, roubo de tecnologia e de intervenção eleitoral contra Trump.


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