A Justiça peruana rejeitou nesta sexta-feira (5) um pedido para que o ex-presidente Alberto Fujimori permaneça em liberdade enquanto aguarda uma apelação pela anulação do seu indulto, informou o Judiciário.
"O Supremo Tribunal (de Investigação Preparatória) declara improcedente a solicitação de suspensão dos efeitos da decisão impugnada", disse o Poder Judiciário em sua conta no Twitter.
A Suprema Corte do Peru ordenou na quarta-feira que o ex-presidente, de 80 anos, retorne à prisão após 10 meses de liberdade, considerando que o indulto concedido em dezembro pelo então presidente Pedro Pablo Kuczynski tinha vícios legais.
Fujimori (1990-2000) foi internado no mesmo dia em uma clínica, onde é mantido sob custódia policial em "condição de detido" na quinta-feira.
Quando tiver alta, terá que voltar para cumprir os 13 anos restantes de sua condenação de 25 anos por crimes contra a humanidade e corrupção, a menos que o tribunal aceite sua apelação.
O advogado de Fujimori, Miguel Pérez, apelou na mesma quarta-feira contra a anulação do indulto e pediu que seu cliente continue em liberdade até que a Justiça resolva esse recurso, que agora foi rejeitado.
O mesmo tribunal aceitou nesta sexta-feira tramitar a apelação e dispôs que o advogado Pérez fundamente esse recurso em um prazo máximo de cinco dias, ou será "declarado improcedente".
Invocando a idade avançada de Fujimori, seu advogado de defesa pediu que este aguardasse em liberdade até que a justiça resolvesse a apelação.