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Estado de Minas

Ciro, Alckmin, Marina Silva: em busca do escasso eleitorado centrista


postado em 05/10/2018 09:24

Três candidatos principais - Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Marina Silva - tentaram dar expressão na campanha eleitoral a posições menos polarizadas do que as do deputado ultradireita do PSL Jair Bolsonaro e do petista Fernando Haddad, líderes nas pesquisas.

- Ciro Gomes: a opção temperamental da esquerda -

Ciro Gomes, um temperamental advogado e político nordestino, de 60 anos, foi visto como dirigente capaz de capitalizar o voto de esquerda após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-3010), que desde abril cumpre pena de 12 anos de prisão por corrupção. Mas o líder histórico do PT escolheu Fernando Haddad para substituí-lo.

Na sua terceira tentativa de chegar à Presidência, Ciro, do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ficou estagnado desde então nas pesquisas, com cerca de 11% dos votos, metade dos que Haddad conseguiu em menos de três semanas, recuperando parte do eleitorado lulista.

Ciro Gomes, chefe de uma poderosa família do estado do Ceará, foi prefeito, governador, deputado e ministro duas vezes. Ocupou a pasta de Fazenda em 1994 (sob a Presidência de Itamar Franco), no primeiro ano de aplicação do Plano Real contra a hiperinflação, e ministro da Integração Nacional de Lula, de 2003 a 2006.

Ele foi pesquisador-visitante na Universidade de Harvard, mas é mais conhecido por sua veemência e sua língua afiada.

Em momentos de raiva, chegou a dizer que Lula era um "merda", que o presidente Michel Temer era um "ladrão consubstancial" e a polícia, composta de "marginais uniformizados".

Sua incontinência verbal lhe causou a abertura de mais de 70 processos judiciais.

- Alckmin: o 'picolé de chuchu' -

Em um país exausto de escândalos políticos e problemas econômicos, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de 65 anos, se vende como o adulto na sala. "Não sou um showman", disse, orgulhoso, o candidato apelidado como 'picolé de chuchu' por sua falta de carisma.

Membro-fundador do PSDB, junto com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), se aliou a partidos de centro e de direita, obtendo o maior tempo de propaganda gratuita por televisão. Mas a duras penas conseguiu por momentos superar os 10% de intenções de voto nas pesquisas, e nos últimos dias sua base foi ruindo, atraída em grande parte por Bolsonaro.

Alckmin foi candidato em 2006, e foi derrotado no segundo turno por Lula.

- Marina Silva: a sobrevivente -

Mulher negra, analfabeta até os 16 anos, Mariana foi empregada doméstica e tem uma trajetória política impecável.

Aos 60 anos, ela superou uma infância pobre e dura na Amazônia e trabalhou pela causa ambiental antes de entrar no mundo da política, dominada por homens.

Evangélica, foi senadora do PT e ministra do Meio Ambiente de Lula, antes de romper com o partido. Disputou a Presidência em 2010 e 2014, terminando em terceiro lugar.

No começo da campanha, ela também aparecia em terceiro lugar nas pesquisas - e em segundo nos cenários sem Lula -, mas nas últimas semanas perdeu mais da metade das intenções de voto, ficando em quinto lugar, com apenas 6% das intenções de voto.


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