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Estado de Minas

Reino Unido acusa espiões russos por campanha global de ciberataques


postado em 03/10/2018 21:54

O ministro britânico das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, acusou o serviço de Inteligência militar russo - GRU - de realizar uma campanha de "ciberataques indiscriminados e imprudentes" contra instituições políticas, empresas, meios de comunicação e entidades esportivas em vários países.

"Este padrão de comportamento revela seu desejo de operar sem levar em conta o direito internacional ou as normas estabelecidas, e fazê-lo com um sentimento de impunidade e sem consequências", afirmou Hunt.

Segundo o governo britânico, seu Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC) determinou que um número de pessoas conhecidas por ter realizado vários ciberataques no mundo todo são membros do GRU.

"Esta campanha do GRU demonstra que está trabalhando em sigilo para minar o direito internacional e as instituições internacionais", afirmou o comunicado.

Esses ataques "afetaram cidadãos em um grande número de países, incluindo a Rússia, e custaram milhões às economias locais", acrescentou.

Entre as instituições afetadas, o governo britânico citou a Agência Mundial Antidoping, WADA, e o sistema de transportes na Ucrânia.

O NCSC afirma a alta probabilidade de o GRU ter sido o responsável pelo vírus BadRabbit que em outubro de 2017 encriptou vários discos duros, tornando inoperantes os sistemas de telecomunicações e provocando transtornos, entre outros, no aeroporto de Odesa, o banco central da Rússia e vários meios de comunicação russos.

"As ações do GRU são imprudentes e indiscriminadas: tentam minar e interferir nas eleições em outros países, inclusive estão preparados para prejudicar empresas russas e aos cidadãos russos", assegurou Hunt.

O chanceler britânico assegurou que seu governo, junto com seus aliados, está determinado a expor e responder às supostas ações dos serviços de inteligência militar russos contra a estabilidade internacional.

O governo britânico já havia atribuído em setembro a dois agentes do GRU, identificados como Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha Yulia com Novichok, um arma química proibida, na cidade inglesa de Salisbury em 4 de março.

Londres afirmou acreditar que o ataque foi aprovado pelo Kremlin, uma acusação que foi fortemente negada pelas autoridades da Rússia.

"Esses homens são oficiais do serviço de inteligência militar russo, o GRU, que utilizaram uma arma química ilegal e terrivelmente tóxica nas ruas do nosso país", havia denunciado um porta-voz da primeira-ministra, Theresa May.


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