A Nasa expressou dúvidas nesta quarta-feira (3) sobre uma teoria que surgiu na Rússia de que um pequeno buraco que causou um vazamento de ar na Estação Espacial Internacional (ISS) foi o resultado de uma sabotagem.
O buraco detectado entre 29 e 30 de agosto em uma espaçonave russa ancorada na estação orbital não foi resultado de um defeito de fabricação, segundo a agência espacial russa, que afirma estar investigando a possibilidade de que tenha sido feito intencionalmente.
Mas a Nasa, a agência espacial americana, rebateu em comunicado que descartar defeitos de fabricação "não significa necessariamente que o buraco foi feito intencionalmente ou com más intenções".
A agência espacial russa Roscosmos imediatamente lançou uma investigação sobre o buraco, e seu chefe, Dmitry Rogozin, foi à televisão dias depois para dizer que este pode ter sido o resultado de um ato desonesto na Terra ou feito por astronautas no espaço.
"Onde foi feito será estabelecido por uma segunda comissão, que está em ação agora", disse Rogozin, ex-vice-primeiro-ministro russo que foi colocado sob sanções dos EUA pela crise na Ucrânia em 2014.
O jornal russo Kommersant informou que uma investigação estava analisando a possibilidade de que astronautas americanos tenham feito o buraco deliberadamente para mandar um colega doente de volta para casa - algo que as autoridades russas depois negaram.
"A Nasa e a Roscosmos estão investigando o incidente para determinar a causa", disse a Nasa na quarta-feira.
Os astronautas da ISS estão planejando uma caminhada espacial em novembro para coletar mais informações sobre o buraco, que foi rapidamente selado.
Um astronauta e um cosmonauta devem viajar para a ISS em 11 de outubro a bordo de uma espaçonave russa Soyuz MS-10 do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
O administrador da Nasa, Jim Bridenstine, planeja se encontrar com Rogozin quando ele comparecer ao lançamento.
A tripulação da ISS inclui dois russos, dois americanos e um alemão representando a Agência Espacial Europeia.