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Estado de Minas

Acordo na Alemanha sobre destinos dos antigos veículos a diesel


postado em 02/10/2018 20:30

O governo alemão anunciou nesta terça-feira (2) um acordo sobre o futuro dos antigos veículos a diesel, muito poluentes.

Depois de uma reunião à noite em Berlim, os responsáveis social-democratas do SPD e os conservadores da CDU e da CSU anunciaram um acordo para promover "um ar limpo e a segurança da mobilidade em nossas cidades".

Há meses políticos e fabricantes de automóveis tentavam encontrar um compromisso para organizar a custosa atualização da frota de veículos a diesel, uma tecnologia inventada na Alemanha.

Sem tomar decisões definitivas sobre o assunto, o texto apresentado pelo governo abre aos proprietários de antigos automóveis a diesel a possibilidade de modificar o carro às custas do fabricante, ou de trocá-lo por um novo, ou usado, com um prêmio variável, de acordo com as marcas.

No entanto, essas medidas se limitam às 14 cidades com mais contaminação, incluindo Munique, Stuttgart, Colônia, Reutlingen, Hamburgo, Limburgo, Dusseldorf, Kiel, Darmstadt ou Bochum, e Berlim.

A fatura poderia ser cara para os fabricantes, que provocaram a crise ao adulterarem um programa dos carros a diesel para que parecessem menos poluentes nos controles de emissões de gases nocivos.

A contribuição exata dos fabricantes permanece indeterminada. Embora todos tenham proposto um prêmio de milhares de euros para a mudança do veículo, a BMW se recusa a assumir as reparações, a Daimler (Mercedes-Benz) ainda não tomou uma decisão, e apenas a Volkswagen aceitou claramente se adaptar às novas regras.

"Foi a indústria automobilística que gerou esse problema e ela deve pagar", reiterou a ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze (SPD), nesta segunda-feira.

O governo está sob pressão, já que vários tribunais alemães ameaçam proibir os veículos a diesel mais prejudiciais em dezenas de centros nas cidades mais poluídas.

A perspectiva dessas proibições, que já eram parcialmente aplicadas em Hamburgo, acelerou a queda nas vendas de veículos a diesel. Sua participação de mercado passou de 48% em 2015 para 39% em 2017.

Trata-se de um assunto complexo na Alemanha, onde a indústria automobilística representa cerca de 800.000 empregos, e que colocou os ministros social democratas contra os conservadores no frágil governo de coalizão de Angela Merkel.


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