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Estado de Minas

Primeiro-ministro japonês diz estar aberto a reunir-se com Kim Jong Un


postado em 26/09/2018 00:06

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe disse nesta terça-feira que está aberto a uma reunião com Kim Jong Un, após a histórica cúpula do líder norte-coreano com o presidente americano Donald Trump em junho.

Abe, que ganhou notoriedade política apoiando uma linha dura contra Pyongyang, disse à Assembleia Geral da ONU que está disposto a "um novo começo", que teria início com um encontro com Kim.

Segundo o premier japonês, qualquer reunião passaria por resolver a questão de décadas envolvendo o destino de civis japoneses sequestrados pelo regime norte-coreano, um tema profundamente emotivo para a maior parte da população do arquipélago e sobre o qual Abe construiu sua carreira política.

"Para resolver o tema dos sequestros também estou preparado para romper a couraça da desconfiança mútua com a Coreia do Norte, empreender um novo começo e me reunir cara a cara com o presidente Kim Jong Un", declarou Abe em seu discurso na ONU.

"Mas se vamos ter uma reunião, então estou decidido que ela contribua para uma solução do tema dos sequestrados".

A Coreia do Norte sequestrou dezenas de civis japoneses entre 1970 e 1980 para que ensinassem aos espiões do regime o idioma e a cultura japonesa.

O então premier Junichiro Koizumi viajou em duas ocasiões a Pyongyang para buscar uma nova relação com Kim Jong Il, pai do atual líder, quando a Coreia do Norte lhe informou que os sequestrados já haviam falecido, o que é firmemente rejeitado por familiares e ativistas.

Após a reunião entre Kim e o presidente americano, Donald Trump, em Singapura, no mês de junho, e com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, também cortejando o líder norte-coreano, crescem os temores de que o Japão seja excluído de qualquer resolução final em relação à Coreia do Norte caso se negue a um diálogo bilateral.

Em seu próprio discurso na ONU, Trump destacou nesta terça-feira o "audaz e novo impulso pela paz", e saudou a coragem de Kim.

Apesar do otimismo de Trump, muitos analistas estão céticos sobre a mudança de posição do regime norte-coreano.


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