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Estado de Minas

Guatemala diz que missão da ONU em seu país é 'ameaça à paz'


postado em 25/09/2018 18:12

O presidente guatemalteco, Jimmy Morales, disse nesta terça-feira (25) nas Nações Unidas que a Cicig, a comissão ONU que investiga a corrupção em seu país, é "uma ameaça" à paz na Guatemala".

"A Cicig chegou a ser uma ameaça para a paz na Guatemala, montou um sistema de terror, um sistema no qual quem pensa diferente é perseguido, investigado", queixou-se Morales em um duro discurso na Assembleia Geral da ONU, na qual não poupou críticas ao secretário-geral António Guterres.

Ele também acusou a Cicig de violar a Constituição política da Guatemala, "manipulando a Justiça", "atentando contra a presunção da inocência e o processo devido", e disse que seu chefe, o ex-juiz colombiano Iván Velásquez, "se intrometeu em assuntos internos do país, politizando a Justiça" e criando "uma atmosfera de instabilidade que chega a vulnerabilizar a segurança nacional".

A Cicig é um mecanismo independente que investiga a corrupção em altas esferas do governo guatemalteco e que foi criado por comum acordo entre o país e a ONU em 2007.

Com o Ministério Público, a Cicig solicitou, em duas ocasiões, a retirada do foro do presidente Morales para investigar suspeitas de corrupção na sua campanha de 2015.

"O ideal de Cicig, lamentavelmente, se perdeu no âmbito da burocracia das Nações Unidas e no culto à pessoa", indicou Morales em referência tácita a Iván Velásquez.

Morales proibiu a entrada de Velásquez na Guatemala em 4 de setembro.

Esta prevista para esta noite uma reunião de Morales e Guterres para discutir esse tema.


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