Um sacerdote católico de 38 anos, acusado por uma mulher de comportamento indecente e agressão sexual contra sua filha, se suicidou na terça-feira em sua igreja na Normandia, informou nesta quarta-feira (19) a Promotoria de Rouen.
"Estes elementos foram apontados no início da investigação, após o suicídio do sacerdote Jean-Baptiste Sèbe", disse à AFP Etienne Thieffry, promotor adjunto de Rouen (noroeste da França).
"Até agora não foi apresentada nenhuma denúncia", segundo o magistrado, que afirmou que a investigação em andamento permitirá saber mais "sobre as motivações exatas deste suicídio".
Segundo uma fonte policial, "uma mulher tinha se queixado ante o arcebispo de Rouen do comportamento indecente e agressão sexual (do sacerdote) contra sua filha. Mas nada disto havia sido informado à polícia antes do suicídio".
Os investigadores se mantêm "muito cautelosos nesta etapa da investigação", especificou a fonte.
Questionado pela AFP sobre a suposta denúncia, Eric de la Bourdonnaye, diretor de comunicação da diocese de Rouen, disse que não podia "confirmar nem negar esta informação".
"Encontramo-nos ante a incompreensão de tal gesto, embora soubéssemos que ele vivia um momento difícil", escreveu Dominique Lebrun, arcebispo de Rouen, em uma carta enviada na véspera a todos os sacerdotes de sua diocese. O arcebispo dará uma entrevista coletiva na quinta-feira.
Ordenado sacerdote em 2005, Sèbe foi padre de Saint-Jean XXIII, no setor norte de Rouen. Também era diretor do Centro Teológico Universitário e do Serviço de Formação Permanente, segundo elementos que aparecem no site da diocese.