Jornal Estado de Minas

Países do Grupo de Lima rejeitam "intervenção militar" na Venezuela

Países do Grupo de Lima afastaram neste sábado qualquer "intervenção militar" ou "uso da força na Venezuela", após as declarações do secretário-geral da OEA, Luis Almagro, que não descartou essa opção.

Onze dos 14 países que integram o grupo "expressaram sua preocupação e seu rechaço a qualquer curso de ação ou declaração que implique uma intervenção militar ou exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela", afirma o comunicado divulgado pelo Itamaraty.

A mensagem foi referendada por Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.

O Grupo de Lima, criado em 2017 para colaborar na resolução da crise venezuelana, também é integrado por Canadá, Colômbia e Guiana.

Na sexta-feira, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, disse que não se deve descartar "uma intervenção militar" na Venezuela para "derrotar" o governo de Maduro, ao qual responsabiliza por provocar uma crise humanitária e migratória.

Os onze países do Grupo de Lima reafirmaram seu "compromisso de contribuir para a restauração da democracia na Venezuela e para superar a grave crise política, econômica, social e humanitária que esse país atravessa, por meio de uma saída pacífica e negociada".

Os países pediram ao governo de Nicolás Maduro para "pôr fim às violações dos direitos humanos, libertar os presos políticos, respeitar a autonomia dos poderes do Estado e assumir a responsabilidade pela grave crise que a Venezuela vive hoje".

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